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J. D. Salinger, o escritor ausente

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Por Marta Ailouti J. D. Salinger, 1952. Foto: Lotti Jacobi Contra os desejos do próprio J. D. Salinger (Nova York, 1919 – New Hampshire, 2010), seu nome continua gerando ruído até hoje. Zelosamente obcecado por sua vida privada, a forte recusa à exposição pública marcou a vida deste escritor que, apesar de propiciar muitas querelas e erguer muros, pôde viver isolado seus últimos quarenta anos num sítio de Cornish. “Se eu fosse um pianista, ou ator, ou coisa que o valha, e todos aqueles bobalhões me achassem fabuloso, ia ter raiva de viver. Não ia querer nem que me aplaudissem. As pessoas sempre batem palmas pelas coisas erradas. Se eu fosse pianista, ia tocar dentro de um armário” – escreveu em O apanhador no campo de centeio , quase como uma profecia. J. D. Salinger gostava, dizia ele, de escrever. E nada mais. Nascido em 1 de janeiro de 1919 numa família bem-colocada socialmente que se dedicava à importação de carnes e queijos europeus, publicou seu primeiro conto