Carson McCullers: o licor limpo e seco do amor
Por
Natalia Izquierdo
É possível
que, onde quer que esteja, a grande escritora do sul profundo dos Estados
Unidos continue a ter o mesmo aspecto que tinha em vida, isto é, o de uma
daquelas criaturas esquivas e frágeis que povoam os contos de Hans Christian
Andersen; o de um daqueles seres especiais que andam na terra armados com um
coração de fogo, mas que ao mesmo tempo pertencem ao além, e é por isso que
sempre parecem ansiar por inexistência e invisibilidade.
No entanto,
é bem possível que, com esse desejo de desvanecer e desaparecer, a romancista
tentasse compensar a superexposição a que sua mãe a sujeitou desde o dia em
que, com apenas cinco anos de idade, ela a surpreendeu improvisando uma música
no piano. A partir de então, acreditando que o talento era incompatível com a
humildade, seu pai começou a proclamar para seus parentes e vizinhos que sua
filha era uma criança prodígio, bem como a lhe infligir as mais diversas “torturas
estilísticas” na esperança de fazê-la uma distinta e refinada concertista. Para
esse fim, a sentava todas as manhãs na mesa da cozinha para obsessivamente prender
seus cabelos lisos. Em seguida lhe pedia que repetisse a expressão “prunes” ou “prims”
a serem colocadas na “boquinha de pinhão”. E, finalmente, ele terminava sua
tarefa pitoresca vestindo-a com vestidos pomposos de chiffon para frequentar as
aulas da escola primária. Como se isso não bastasse, em pouco tempo sua pequena
Lula Carson cresceu tanto que os habitantes de Columbus não conseguiram deixar
de olhá-la, enquanto seus colegas de classe começaram a zombar dela chamando-a
de “girafa”. Portanto, quanto mais intensa e dolorosa era a sensação de que
todos a observavam como se fosse um fenômeno, mais ela queria que a terra
a engolisse.
Como as
coisas se transcorrem dessa maneira, não deveria nos surpreender que a escritora
tenha povoado suas histórias com criaturas exóticas e marginalizadas, sofrendo
de alguma falta física ou emocional e em virtude das quais os críticos tenham
incluído sua narrativa no subgênero do romance gótico europeu conhecido como “Gótico
sulino”, ocupados, segundo eles, em tratar os aspectos mais grotescos e
deformados da realidade com um objetivo óbvio de crítica social. Mas com seus voyeurs,
surdos, gigantes, anões e disformes, a autora estava apenas nos avisando que as
deformações e os defeitos são realmente os méritos daquele “patinho feio” cujo
desamparo se opõe ao desejo agressivo do eu de se submeter aos outros e ao
universo, bem como a indicação de que somos todos seres incompletos, que
estamos destinados à morte desde quando nascemos e que, para aperfeiçoar e
consolar a nós mesmos, precisamos ter alguém ao nosso lado.
Infelizmente,
por causa de sua singularidade e seu forte senso de ridículo, nem sempre era fácil
para o jovem Carson fazer amigos. Prova disso é que, durante seus primeiros
anos, disse ter como única amizade o seu piano. Mais tarde, percebeu que um
gole de cerveja era suficiente para soltar a língua, bem como a barreira que ela
costumava erguer para se manter a salvo da ferocidade e dos julgamentos das
outras pessoas. Por esse motivo, e embora em certos períodos de sua vida o
álcool tenha se tornado o néctar do delírio e da despersonalização, este sempre
foi para ela o incitador à comunicação, mas não de qualquer comunicação e sim da
Iluminação e brilho noturno – sua autobiografia inacabada –, isto é, “o
único caminho para a consciência, o amor, a natureza, os sonhos e Deus”.
Tal
transcendência revestiu a bebida em sua narrativa de uma singularidade: quase não existe conto ou
romance em que não apareça um café, onde seres anônimos e desconhecidos,
envoltos em sua dignidade e silêncio, bebam uísque ou cerveja enquanto, tomados
em seus pensamentos dolorosos, esperam que alguém se sente à mesa com eles para
contar a história que está prestes a fermentar em seu peito. Do mesmo modo,
quando em seus escritos autobiográficos ou literários a autora se refere às
pessoas que marcaram sua existência, sempre há uma referência ao licor que mais
lhe agradou ou, na sua falta, àquele que ela compartilhou com eles nos
momentos efêmeros e imperecíveis que foram impressos a fogo em seu coração.
É o caso,
por exemplo, de Lula Caroline Carson, sua amada avó materna, que oferecia um
copo de ponche para as senhoras da Liga das Mulheres Cristãs por Temperança,
quando estas chegavam à casa dela na esperança de que se redimisse e se transformasse
numa abstêmia beata. Mostrando a mesma travessura, a velha costumava esconder
muffins e laranjas chinesas para sua neta favorita, que, como sombra, carregava
consigo pela mão para a igreja batista de sua cidade georgiana, lia as parábolas
da Bíblia à noite e a amparava dos diversos “suplícios” com os quais sua mãe a
mortificava. Por isso, no dia em que ela morreu – quem, em Iluminação e
brilho noturno, Carson apresentaria como “o primeiro amor de sua vida” – a
menininha caiu no chão do salão e sofreu uma crise convulsiva. Algum tempo
depois, soube que, em seu pobre testamento, Lula Caroline lhe deixara o único
objeto de valor que possuía: seu belo anel de casamento, graças à venda do qual
sua neta poderia anos depois estudar na universidade. Assim, em seu primeiro romance
– O coração é um caçador solitário – a escritora prestou uma velada
homenagem à sua avó, fazendo com que a personagem de cariz autobiográfico de
Biff Brannon nunca tire do dedo o anel de casamento herdado, ou que, refletindo
sobre a recente perda de um ente querido, diga para si mesmo: “Quem partiu não
está realmente morto, mas cresce e é criado uma segunda vez na alma dos vivos”.
Mas se o
ponche era a bebida preferida de sua avó, a cerveja era o licor idolatrado por
Vera Marguerite, sua excêntrica e fantasiosa mãe, a quem a romancista culpava
pelo incompreensível calvário que seus insistentes “martírios” significavam
para seu espírito infantil. No entanto, em seu volume de poesia para crianças Doce
como picles e limpo como um porquinho (tradução livre), Carson escondeu totalmente
os danos causados por essa razão para colocar em primeiro plano o amor
excessivo que sua mãe havia demonstrado ao cuidar dela toda vez que sofria um
daqueles colapsos imprevisíveis que prenderam sua vida à raiz da má diagnostica
crise de reumatismo articular que sofreu quando tinha apenas quinze anos,
ataques que conseguiram minar seu corpo, mas nunca sua vitalidade. Assim,
nesses poemas, a escritora recordava os pratos requintados que Vera Marguerite
fazia, comida que, é claro, era regada coma aquelas deliciosas cervejas
aromáticas de que tanto gostava. Embora, sem dúvida, o poema em que sua filha mais e melhor celebrou seja o sobre rendição materna incondicional que diz: “Mamãe
diz que não tem comida favorita. / Ela prefere agradar a família / o melhor que
pode. / Mas nas horas de descanso, / quando assistimos TV, / eu a vi comer uma
caixa enorme de doces / e suspirar por ser feliz”.
A estremecida
felicidade e a luminosa melancolia que esses versos emitem são tão intensas
quanto as que se reúnem nas linhas autobiográficas e literárias em que a
romancista nos contou sobre o amor que ela professava por seu pai: um joalheiro
modesto chamado Lamar a quem nas manhãs de sábado fazia companhia e ajudava a
limpar as molas do relógio com uma escova encharcada de óleo; um homem que, em
seu tempo livre, fazia uma deliciosa cerveja caseira que, com ruidoso estrondo,
e para o susto do bairro, costumava estourar de vez em quando; um homem que, em
vez de chamar de crueldade a franqueza que caracterizava sua filha, admirava
que ela enfrentasse a vida sem farisaísmo ou hipocrisia; um homem doce e
generoso que praticamente mergulhou na ruína investindo as poucas economias que
tinha em consultar uma série de especialistas com a esperança de que alguns
deles diagnosticassem a estranha doença que a filha adolescente sofria, que,
por sua vez, para proteger seu pai e evitar o sofrimento de ver que, devido a
essas despesas, ele não podia pagar uma carreira musical na Juilliard, decidiu
subitamente parar de tocar piano e começar a escrever histórias com a máquina
que havia lhe dado. Não há nada de estranho, então, que em O coração é um
caçador solitário, a escritora tenha transformado seu pai em um velho
carpinteiro que, aleijado devido a um acidente de trabalho, se dedica a
consertar alguns relógios antigos, o que lhe fornece uma pequena renda que mal lhe chega
para poder beber cerveja duas vezes por semana. Mas, como sempre, quando bebe,
gosta de ter companhia, reserva cinco e dez centavos para dar à filha,
confiando que ela decida conversar com ele por um tempo. E é pegando essas
moedas na mão quando a personagem de Mick Kelly – reflexo nessa narrativa da
própria Carson – se torna “consciente da existência de seu pai”, ou seja,
daquele homem infinitamente afável, triste e desamparado que, desde que fora
arruinado, sentia-se “separado da família”, “tinha a impressão de não ser de
muita utilidade para ninguém” e, em sua solidão, queria estar perto de sua
filha. De fato, Lamar foi tão apegado e unido a Carson, que deu a vida enquanto
lia em sua joalheria o último conto publicado pela filha até então na revista Harper's
Bazaar.
Ao invés do
perfume acre da cerveja, é o aroma forte e doce do gin que a escritora associou
a Lucille, sua babá negra favorita, uma garota de apenas quatorze anos que, depois
da morte da avó, representava para ela a ternura, a alegria e a sensibilidade. Foi
paradoxalmente através de sua experiência dramática que a própria Carson se viu
exposta à “feiura da injustiça”, porque a futura romancista sofreu um choque
terrível no dia em que, com a desculpa da raça, um motorista de táxi se recusou
a levar Lucille para casa. Embora muito mais brutal tenha sido seu choque
quando, no meio da Depressão, e forçada pelos problemas econômicos que a
família estava passando, Vera Marguerite não teve outra escolha a não ser demitir
a babá, e logo então a garota encontrar alguns brancos que acusaram-na de
tentar envenená-los, de modo que, embora os pais da romancista testemunhassem a
seu favor, ela tenha sido condenada a um ano de prisão. Com isso em mente, não
há nada incomum no fato de que, inspirada por sua jovem e encantadora babá, a
escritora tenha criado algumas de suas personagens mais amadas, entre as quais
Portia de O coração é um caçador solitário, Berenice Sadie Brown de Frankie
e o casamento e, sobretudo, Vitalis
de “Sem título”, um de seus primeiros contos. Anos depois, e depois de se casar
com um pedreiro em Chicago, Lucille descobriu o endereço de Carson e visitou a
agora famosa artista em sua casa de Nyack (Nova York). Ali, sentada diante de
dois copos de gim, a romancista confessou à amiga que ela e mais ninguém havia sido a semente da qual brotou em sua alma o ardente desejo de justiça que a
acompanhou por toda a vida. Por sua parte, Lucille disse-lhe como se sentia
orgulhosa de que, graças a uma babá negra indefesa, ela teria sido e ainda era
uma estrela insurgente.
Mas, se a
humilhação de uma antiga babá forjou o pensamento da justiça de Carson, foi
Edwin Peacock, seu amigo mais anônimo e leal, que dotou isso de conteúdo
iniciando-a na leitura de Engels e Marx, de Ouspenski, Thoreau, os “pais
peregrinos” etc., mas também ensinando-lhe que a espiritualidade não é a
antagonista, mas a aliado mais fiel e imponderável da racionalidade.
Pertencente ao Corpo Civil de Conservação e residente em um quartel militar
perto de sua cidade, Peacock, que acabaria dirigindo uma livraria em
Charleston, também foi quem deu a Carson A fazenda africana, o romance
iridescente e panteísta de Isak Dinesen (Karen Blixen), cujo particular e característico
estilo disse haver tomado emprestado para compor sua segunda grande
história: Reflexos num olho dourado. Vestida com as roupas masculinas
que estavam guardadas no armário de seu amigo, e com apenas dezessete anos, a
jovem costumava acompanhá-lo àqueles “antros do pecado” para as quais os
soldados iam e aos quais em A sócia do casamento ela daria nomes tão
eufemísticos e tão cheios de poesia como “a luz azul” ou “a hora distraída”.
Foi precisamente num daqueles lugares sombrios e ardentes onde, diante de dois
jarros de cerveja e olhando para os “olhos limpos de inveja e desejo” de
Peacock, Carson descobriu que a fraternidade é o sentimento mais poderoso e
mais bonito, por isso em seu ensaio sobre a escrita “O sonho que floresce”, afirmou
ter composto este último romance com a intenção de mostrar a superioridade do “amor
de Ágape”, divino e fraterno, sobre o amor de Eros, “apaixonado e individual”.
Embora, é
claro, seja com James Reeves McCullers, por duas vezes o marido da romancista,
com quem o repertório de bebidas espirituosas mais se amplia, pois, entre
outras afinidades, o álcool foi apenas um dos nós que, unindo-os, os separou.
No entanto, Carson sabia que a dipsomania de Reeves constituía a hermética manifestação
externa de uma ferida íntima sempre aberta, especificamente a falta de afeto
que ele sentia desde que era criança, quando passava de casa em casa de suas
muitas tias maternas. Por isso, sua esposa nunca achou estranho que, toda vez
que a tristeza o arranhasse com sua garra, como Ismael de Moby Dick, Reeves
disparasse em direção a Nantucket para atravessar o oceano.
Atravessando
o Atlântico, ele chegou um dia em junho de 1944 à costa da Normandia como um
soldado com a missão de armar o Leviatã alemão, que mais tarde travou em
sangrentas batalhas na França, Bélgica, Luxemburgo e Alemanha. Durante esse período,
ele escreveu à esposa algumas chocantes “cartas de guerra” nas quais, em meio à
luta mais sangrenta, ele a instou a tentar ver e criar toda a beleza de que ela
era capaz. Com um baú cheio de decorações e um capitão uniformizado, voltou
para os Estados Unidos, ferido em uma mão, motivo pelo qual foi imediatamente
licenciado pelo exército como inválido, o que contribuiu para minar sua sempre
baixa autoestima e segurança ainda mais precária. Pouco depois, na Cidade Luz por cuja libertação ele lutara, e durante uma jornada empreendida com
Carson, decidiu terminar sua vida aos
quarenta anos. Entendendo que apenas sob a ameaça de morte e desfrutando do
respeito de seus soldados, seu marido se sentiu afortunado, sua enlutada
companheira se recusou a repatriar seu corpo, ao mesmo tempo em que escolheu
como salmo para seu enterro a passagem literária em que Reeves sempre se sentiu
refletido: aquele sermão extraordinário de Herman Melville, no qual o padre Mapple
admoesta quem, pregando aos outros, é ele próprio um réprobo; esse sermão em
que se afirma que, a estibordo de toda aflição, há uma alegria no topo do
mastro para aqueles que, diante dos deuses e comerciantes orgulhosos desta
terra, mantêm sua própria pessoa inexorável. Mais tarde, sob a forma de um doce
poema para crianças, ela prestaria sua homenagem particular ao marido: “Nunca
vi o oceano, / nunca vi o mar / uma vez amei um marinheiro / e não preciso ver
mais”.
A loja de
bebidas do jovem marinheiro apaixonado de Moby Dick certamente não era menos
extensa do que aquela que Carson compartilhou com muitos de seus amigos
famosos, para quem, ao que parece, o álcool também foi a fonte da qual fluiu a sempre
esquiva inspiração. Entre estes cabe destacar George Davis, Klaus e Erika Mann,
W. H. Auden, Benjamin Britten, David Diamond, Richard Wright, Gypsy Rose Lee,
Truman Capote, Tennessee Williams, Annemarie Clarac Schwarzenbach etc., figuras
que a escritora conheceu bem em Brooklyn Heights, da qual fez parte assim que
se estabeleceu na grande metrópole de Nova York, e em Yaddo, a renomada colônia de artistas onde
trabalhou em seus livros em diferentes estágios de sua vida. Ali, entre
coquetéis e coquetéis, foi precisamente onde Carson perguntou se a criação também
lhes parecia “uma confabulação divina” que exigia “humildade, amor e grande
valor”, ou se aprofundar no próprio trabalho e querer conhecer das pessoas que amamos
era o mesmo que tomar consciência dos “sonhos e da lógica de Deus”.
Por tudo o
que foi dito até agora e por muito mais que ainda poderia se contar, tenho
certeza de que, no futuro, Carson administraria um café idêntico ao de A
balada do café triste administrado pela autobiográfica grandalhona Miss
Amelia ou ao que em O coração é um caçador solitário, gerencia a também
autobiográfica personagem de Biff
Brannon. Deve servir aquele licor que, já na terra, nos destilava para nós suas
histórias e romances: aquele licor de amor que “tem sabor limpo e seco na
língua, mas que uma vez dentro de nós começa a queimar e seu fogo dura muito
tempo”; aquele licor de amor que, ao abrir seus livros, seus leitores de ontem,
hoje e sempre, tropeçamos com “um lírio silvestre” e, pegando-o na mão,
sentimos nosso coração “invadido por uma ternura tão viva quanto uma dor”;
aquele licor de amor que nos faz olhar para o céu para que, dominados por seu
mistério, percebamos nossa pequenez em meio à magnificência ilimitada do
universo.
Depois que
sua clientela celestial é atendida, tenho certeza de que, como fez na Terra,
Carson também luta lá para tentar encontrar uma resposta para a pergunta de por
que ela mantém o lugar aberto durante a noite toda quando todo mundo fecha. E
então conclui que não é por dinheiro, mas por amor a “qualquer pessoa decente
que vem da rua e senta uma hora para tomar uma bebida”.
Como
acontece em sua história de epifania “Uma árvore. Uma pedra. Uma nuvem”, em que
chega da rua às vezes um jovem vendedor de jornais que precisa de alguém que
lhe diga algo afetuoso. E assim que o vê, percebe a carência do menino, a
romancista o chama de lado para lhe dizer “eu gosto de você” muito lentamente,
depois do que ele implora que ela se sente para tomar uma cerveja, porque ela
tem que explicar qual é a sua filosofia do amor, fruto de muitos anos de
meditação. “O segredo, confessa, reside em amar tudo. Qualquer coisa ou
qualquer um. Todos desconhecidos e amados! Você entende o que uma ciência como
a minha pode significar?”
Se eu fosse
aquele garoto, em vez de contrair meu rosto e permanecer em silêncio, teria
dito que sim, que percebo perfeitamente o que uma ciência como a dela pode
significar; aquela ciência humana e solidária que faz do outro “nós de mim”; a
ciência anárquica e messiânica pela qual lutou contra o ódio e por compaixão;
aquela ciência brilhante e mágica que a levou a buscar “a chuva, os gritos e o
frenesi”.
* Este texto é a tradução de “Carson McCullers: el licor limpio y
seco del amor” publicado aqui, em Jot Down.
Comentários