Boletim Letras 360º #320
Abrimos esta
edição do Boletim Letras 360º renovando o convite para a leitora e o leitor
para uma visita às duas mulheres que são agora novas colunistas no blog: Amanda
Lins e Flaviana Silva. Depois, leitora e leitor que tem uma conta no
Instagram mas ainda não nos acompanha nesta rede social, eis um motivo para
fazermos novas amizades: até o dia 11 de maio recebemos inscrições para participação
em uma nova promoção. O há-muito anunciado outro sorteio de um exemplar da nova
edição de Grande sertão: veredas vai sair.
Abaixo estão as notícias que passaram noutra de nossas redes – a página no Facebook
–, as dicas de leitura da semana e outras novidades que podem interessá-la/lo.
Boas leituras.
Em 2020 celebra-se o centenário de Clarice Lispector e várias são as atividades editoriais anunciadas pela casa que publica sua obra no Brasil. |
Segunda-feira,
22 de abril
Edição reúne
contos de Teresa de la Parra
A escritora
que nasceu em Paris e passou a infância entre a Europa e Caracas acompanhando
as viagens do pai que era cônsul, volta às livrarias brasileiras nesta edição
que reúne três de seus contos. Os primeiros trabalhos de Teresa vieram sob o
pseudônimo de Fru-Fru, em 1915, no periódico El Universal. Depois
de 13 anos em Caracas, Parra volta a Paris e é lá que publica Ifigênia, sua obra mais famosa. O reconhecimento é imediato e veio
acompanhado da tensão gerada pelas críticas à sociedade venezuelana e,
principalmente, ao papel que a mulher ocupa nesse contexto. Apesar de ter
incomodado muita gente, ainda assim o livro é um sucesso e o início de uma
revolução da literatura de língua espanhola. Em 1929, Parra publica sua segunda
novela Memorias de Mamá Blanca que se tornaria um clássico da
literatura hispano-americana. Os textos reunidos em Três contos foram escritos em Caracas, provavelmente entre 1915 e 1923, mas ficaram
inéditos até sua publicação em 1982. É a primeira vez que aparecem juntos em um
livro. Em cada uma das histórias é um objeto que assume o papel de
protagonista, uma característica dos textos que Parra escreveu naquele período.
Várias críticas dizem que Teresa de la Parra tem um estilo único. Suas obras
não são um novo movimento e tampouco se encaixam em movimentos existentes. Seus
trabalhos são um estímulo para a literatura escrita por mulheres que surgiu por
quase todos os países de língua espanhola. A tradução é de Iara Tizzot e a
edição é da Editora Arte & Letra.
Poemas de Candido Portinari ganham reedição. Projeto acompanha ainda
pinturas suas.
A primeira
edição com a poesia de Portinari saiu na década de 1960 pela José Olympio e
desde então nunca mais foi reeditada, tornando-se objeto raro. Poeta bissexto,
sua obra foi sempre bem recebida entre os amigos Carlos Drummond de Andrade e
Manuel Bandeira. Com o título de “Poemas de Portinari”, a nova edição da obra
trará além dos prefácios originais escritos por Antonio Callado e Manuel
Bandeira, um texto inédito de Marco Lucchesi. E os poemas serão seguidos de
pinturas, alguns manuscritos, um datiloscrito de poema inédito que escreveu em
homenagem à poeta Emily Dickinson. A edição é da Funarte.
Em 2020
passam-se cem anos do nascimento de Clarice Lispector. Neste ano sairão inéditos
da escritora
Trata-se de
um livro que reunirá centenas de cartas, incluindo a correspondência de Clarice
com o companheiro, o diplomata Maury Gurgel Valente, familiares e outros
escritores. As cartas foram entregues pelo filho da escritora Paulo Gurgel
Valente e saem pela Editora
Rocco no próximo ano. A editora também reeditará toda sua obra com
novo projeto editorial e gráfico de Victor Burton, autor das versões de quanto
a obra da escritora era editada pela Nova Fronteira; na Rocco, Burton editou
trabalhos como O mistério do coelho pensante. Também sairá uma
edição especial de Água viva, com fortuna crítica e manuscritos.
Terça-feira,
23 de abril
Eles e
elas. Contos da Broadway, de Damon Runyon, o novo livro Editora
Carambaia
Jogadores,
gângsteres, apostadores, cantores, coristas, leões de chácara, contrabandistas,
garçons, pugilistas e até uma missionária. Todos tentando se virar — nem sempre
honestamente — na Nova York dos anos 1920 e 1930, tempos da Grande Depressão e
da Lei Seca. É essa galeria de efêmeros ganhadores e perdedores que povoa os
contos de Damon Runyon (1884-1946), criador de um retrato da grande metrópole
estadunidense que continuou a ressoar décadas depois, como nos filmes de Woody
Allen e no seriado Seinfeld. Apesar de sua influência e de ser uma
leitura suave e bem-humorada, Runyon permanecia praticamente inédito no Brasil,
exceto pela circulação de edições portuguesas. A coletânea é um cartão de visitas
para o universo de um autor popular e incontornável das letras estadunidenses,
admirado e enaltecido por escritores como Julio Cortázar, Guillermo Cabrera
Infante, Saul Bellow e Philip Roth. Runyon era jornalista, especializado em
esportes, também um observador da vida cotidiana, e suas narrativas pulsam de
autenticidade. Além das personagens e enredos totalmente convincentes, o
escritor criou uma linguagem original, saída das ruas em torno da Broadway, na
época começando a ser o grande centro de entretenimento de Nova York. O
tradutor Jayme da Costa Pinto, também responsável pela seleção de contos e pelo
prefácio, enfrentou o desafio de transpor para o português brasileiro essa
dicção, que na literatura de língua inglesa deu origem aos termos runyonês e
runyonesco, com sua gramática ao mesmo tempo viva e evocativa de uma época
passada. O projeto gráfico da edição é do Estúdio Claraboia e traz elementos
inspirados tanto nas características arquitetônicas da Broadway dos anos 1920 e
1930 como nas personagens da região. As imagens lembram os anúncios e fachadas
do período, com fotos do ambiente do tráfico de bebidas e de um balcão de
apostas de corridas de cavalos em Nova York. A capa, a numeração dos capítulos
e a lombada fazem referência aos jogos e às notas de dólar.
Livro reúne
textos de escritores diversos sobre Machado de Assis
Como os
escritores, tanto aqueles que viveram na sua luz, ou à sua sombra, viram
Machado de Assis? Polido, simpático até, sempre a sorrir, mas "pouco
íntimo com os íntimos", Machado em geral mascarava sua total descrença,
seus verdadeiros sentimentos. Este livro reúne memórias e visões que nos deixam
ver um pouco do escritor e do homem. Assistimos a Carlos de Laet presenciando
um ataque epilético em plena rua Gonçalves Dias; conhecemos as lembranças,
obsessivamente modestas, de Mário de Alencar, seu amigo nos últimos anos; e
vemos Araripe Júnior, que acusou a falta do "odor di femmina" em
Sofia Palha, de Quincas Borba, lembrar-se de Machado soltando as rédeas, num
instante de raiva desiludida: "Tudo! meu amigo, tudo! Menos viver como um
perpétuo empulhado!" Estes artigos e crônicas, e também alguns poemas e
cartas, reunidos numa extensa pesquisa realizada em arquivos do Rio e de São
Paulo, são poucos conhecidos e difíceis de localizar. Neste primeiro volume,
eles nos levam da morte do escritor em 1908 até 1939, o centenário do seu
nascimento, com destaque para três artigos brilhantes de Mário de Andrade, que,
como nos revela em carta, lhe custaram muito a escrever. É um livro
indispensável, de referência obrigatória e que faz pensar. Não só para entender
o lugar do maior escritor brasileiro na sua cultura, mas para apreciar o homem
Machado de Assis. Organizado por Helio de Seixas Guimarães e Ieda Lebensztayn, o
primeiro volume de Escritor por escritor: Machado de Assis segundo seus
pares (1908-1939) sai pela Imprensa
Oficial de São Paulo.
Quarta-feira,24
de abril
Nova
tradução de Geórgicas III, de Virgílio
Neste livro
III das Geórgicas, obra que muitos consideram a mais bem-acabada de Virgílio, o
poeta aborda assuntos rústicos em relação às criações de animais de grande –
equinos e bovinos – e pequeno – caprinos e ovinos – porte. Alguns dos pontos
técnicos recobertos pela preceituação do poeta didático dizem respeito, aqui, à
reprodução, trato dos filhotes, alimentação, cuidados de saúde e abrigo para as
espécies mencionadas. Também não nos podemos esquecer de que, além desse fundo
agrário básico, agregam-se a tal livro das Geórgicas temas de alcance mais
universal e, até, humano, como o sentido do desejo erótico, da doença e da
morte. Dessa maneira, longe de apenas servir para a reprodução dos seres vivos,
o sexo assume, nos versos de Geórgicas III, dimensões "pessimistas"
de uma força perigosamente destruidora de limites. Doença e morte, por sua vez,
encontram na passagem da "Peste nórica" uma de suas mais horrendas
representações nas Letras da Antiguidade. A tradução de Matheus Trevizam sai
pela Editora da UFMG.
Em cada momento
ainda estamos vivos, novo título no catálogo da Grua
Tom e Karin
moram juntos em Estocolmo e sonham em viver da poesia que escrevem, de serem
enquanto casal "uma versão feliz de Sylvia Plath e Ted Hughes". Grávida de sete
meses, Karin é internada por conta de uma febre que não quer ceder. E o que
eles têm receio de ser uma pneumonia, é uma leucemia que em menos de um mês lhe
tira a vida. Neste premiado romance autobiográfico, publicado em 21 países, Tom
Malmquist mexe com as estruturas da autoficção ao narrar sua história num
vívido e agitado tempo presente. Ele enfrenta passo a passo o que vai
acontecendo com Karin e tenta entender os termos médicos que lhe são
explicados, e que vai anotando. O cenário é a geografia complexa dos hospitais
suecos com seus quartos de acompanhantes e seus subsolos, que Tom percorre
diariamente revezando-se entre o Centro de Tratamento Intensivo onde Karin
respira por aparelhos, e a ala do Neonatal, onde sua filha Lívia recebe os
cuidados de recém-nascido prematuro. O tempo presente e a narração vívida
continuam, mas os cenários mudam. Tom sai para beber com os amigos e Karin se
aborrece com o livro que ele escreve faz três anos. A mãe o leva aos doze anos
para buscar o pai, um jornalista de crônica esportiva famoso, que está passando
mal por problemas de alcoolismo em outra cidade. Nas aulas da universidade, ele
conhece Karin e pede que ela diga o que pensa sobre seus poemas. Seu pai luta
contra um câncer. A casa agora sem Karin e com Lívia, cujo nome Karin escolheu
(Liv significa vida em sueco). E a vida de pai e filha é o futuro que Tom
abraça com delicadeza, desajeito e amor. A tradução do sueco é de Carlos Rabelo e Leon Rabelo.
Nova
tradução e edição de um dos romances mais famosos de Virginia Woolf
O quarto de
Jacob é, confessadamente, o primeiro romance experimental de Virginia Woolf.
Antes de pôr-se a escrevê-lo, Virginia havia se exercitado em contos que já
mostravam algumas das técnicas que iria empregar neste livro. Contos como "A
marca na parede", "Objetos sólidos", "A dama no espelho", "Kew Gardens"
(publicados em A arte da brevidade, pela Autêntica) prenunciavam o experimentalismo
radical que iria caracterizar o livro de 1922. Mas O quarto de Jacob vai
muito além desses primeiros experimentos. E, sob muitos aspectos, o romance
ultrapassa, em ousadia narrativa e estilística, os que vieram depois. Essa
ousadia assombra, por sua estranheza, quem se aventura a lê-lo. Mas é uma
estranheza que vem acompanhada das recompensas e prazeres do novo e do
inesperado. O quarto de Jacob é, todo ele, uma aventura linguageira, uma
exploração do prazer do texto, do sabor do som, do ritmo e da cadência. Está
enxertado de pequenos ensaios sobre a ilusão identitária, sobre as mazelas do
patriarcado, sobre os horrores da sanha militarista. Mas também há ilhas e
remansos de pura poesia, de um lirismo deslumbrante, de um prazer estético
radical e cristalino. A nova edição tem tradução de Tomaz Tadeu e sai
pela Autêntica
Editora.
Quinta-feira,
25 de abril
Chega em
junho novo livro de Buchi Emecheta
Ela é uma
das precursoras de obras como as de Chimamanda Ngozi Adichi, também nascida na
Nigéria, ao falar nos anos 1970 sobre as condições das mulheres imigrantes no
seu país. Recentemente, a Dublinense publicou dois de seus romances que logo se
tornaram um sucesso entre os leitores; aproveitando a boa recepção, a mesma
casa editorial prepara para junho a publicação de No fundo do poço e para 2020 O preço da noiva.
Descoberta
sequência de Laranja mecânica, o romance publicado em 1962 que
celebrizou Anthony Burgess
Escrita
entre 1972 e 1973, tendo como pano de fundo a estreia da adaptação ao cinema de
Stanley Kubrick, The Clockwork Condition acabou por não ser
concluída; seria elaborada numa forma diferente, "parte reflexão filosófica e
parte autobiografia". Burgess descreveu a obra inédita, agora descoberta nos
arquivos do autor, na Fundação Internacional Anthony Burgess, em Manchester,
como "um ambicioso manifesto filosófico sobre a condição humana contemporânea".
Porém, à medida que avançava no projeto, de que resultaram 200 páginas, chegou
à conclusão que, sendo um romancista e não um filósofo, a concretização da
obra, tal como idealizada, estava para além das suas capacidades. O material
vem do arquivo levado da casa de Anthony Burgess em Bracciano, nos arredores de
Roma para a fundação que leva seu nome em Manchester; a casa foi vendida após a
morte do escritor em 1993. Foi durante o processo de catalogação dos arquivos
que o diretor da fundação, Andrew Biswell, descobriu a obra inacabada; segundo The Guardian o material "dá-nos o contexto da obra mais famosa
de Burgess e amplifica o seu pensamento sobre crime, castigo e os possíveis
efeitos perversos da cultura visual". Em The Clockwork Condition Anthony Burgess reflete sobre uma
Humanidade que vive a década de 1970 presa num "inferno mecânico", assumindo
nada mais que a função de "roda dentada na máquina" e procurando algo que a
liberte da "insípida neutralidade" dessa condição.Na sua obra perdida, o
escritor explica de forma mais detalhada a origem do título do romance que o
imortalizou. "Em 1945, regressado do exército [o escritor combateu na
Segunda Guerra Mundial], ouvi um cockney de 80 anos num pub de Londres dizer de
alguém que era ‘tão queer como uma laranja mecânica", escreve numa
passagem a que a BBC teve acesso. "‘Queer’ não significava homossexual,
significava ‘doido’… Durante vinte anos quis usá-lo como título de qualquer
coisa… Era um tropo tradicional, e pedia para ser título de um trabalho que aliasse
a preocupação com a tradição e uma técnica bizarra".
Sexta-feira,
26 de abril
Os leitores
de Ursula K. Leguin têm novo motivo de leitura para breve; em junho, chega A curva do sonho
Em um mundo
assolado por instabilidade climática e superpopulação, George Orr, um cidadão
pacato e mundano, descobre que seus sonhos têm o poder de alterar a realidade.
Quando acorda, o mundo que conhecia tornou-se um lugar estranho, quase
irreconhecível, em que apenas ele tem a memória de como era antes. Sem rumo,
ele busca a ajuda do Dr. William Haber, psiquiatra que logo deixa de lado o seu
ceticismo e entende o poder que George possui, transformando-o em um peão de um
perigoso jogo, em que o destino da humanidade fica mais ameaçado a cada
instante. Tão relevante para o mundo atual quanto era ao ganhar o prêmio Locus
(1972), esta história de Ursula Le Guin é um verdadeiro clássico, profético e
ferozmente inteligente. A curva do sonho é uma tradução de Heci
Regina Candiani editada pela Editora
Morro Branco.
Um romance que se lê de uma só tacada, que se desenrola como um filme e no
qual cada página é uma nova sequência
Nova York.
Nos tumultuados anos 1920, a cidade é, para milhares de europeus, a epítome do
"sonho americano". E não é diferente para Cetta Luminita, uma italiana que,
apesar de muito jovem, busca um lugar ao sol com seu filho Christmas. Numa
metrópole em plena explosão, onde o rádio está nascendo e o cinema começa a falar,
Christmas vai crescer entre gangues rivais, um ambiente de violência e pobreza,
com sua imaginação e sua coragem como únicas armas para sobreviver. A esperança
de uma nova existência nasce quando ele encontra a jovem, bela e rica Ruth. Uma
história vertiginosa e luminosa, magistralmente escrita, uma reflexão sobre a
violência cometida contra as mulheres, sobre o racismo e a incomunicabilidade
social, um romance sobre a infância roubada. A gangue dos sonhos queima com um ardor violento e redentor, e transporta o leitor para um mundo
onde todos lutam para preservar sua integridade. Traduzido do italiano por
Nilza Laíz, o livro de Luca Di Fulvio sai pela Editora
Vestígio.
DICAS DE LEITURA
No passado
dia 23 de abril comemoramos outra vez o Dia Mundial do Livro. Daí, nesta
semana, pensamos recomendar leituras que tenham esses amigos de papel e tinta como
protagonista – seja como lista de interesses de algum escritor conhecido, seja como
objeto de investigação cuja história nos acompanha desde o aparecimento da escrita.
1. Por que ler os clássicos, de Italo Calvino.
Este livro é uma coletânea de leituras do escritor italiano. Sempre recomendada
pelo célebre ensaio no qual escrutina as várias possibilidades de se compreender
o que faz do livro um clássico e por que lê-lo, nossa recomendação vai um pouco
além desse interesse: é da curiosidade pela lista de leituras de Italo Calvino.
Isto é, aqueles títulos que ele próprio considera exemplos de clássicos. E estão
nomes diversos que podem nos orientar ao enriquecimento de nossas listas
pessoais de leitura: Voltaire, Balzac, Flaubert, Dickens, Tolstói, Borges,
Montale, Homero, Ovídio...
2. Uma história da leitura, de Alberto
Manguel. Um dos escritores que seguem a tradição de figuras como Jorge Luis
Borges, dado o apreço pelo desenvolvimento intelectual a partir de nossa
herança mais cara, a literatura. Este é apenas um dos vários títulos em que o
escritor elabora uma história do livro e da leitura. Aqui, reúnem-se fragmentos
de experiências de todo tipo de leitor: o encantamento com o aprendizado da
leitura, a leitura compulsiva de tudo, o prazer de acompanhar a multiplicação
dos significados de uma palavra, de descobrir o final de uma história. Numa época
de extensa desvalorização daqueles elementos que melhor nos distingue, a curiosidade
e a leitura, este livro é muito necessário.
3. O mundo da escrita, de Martin Puchner. A
tradução deste livro chegou ao Brasil muito recentemente pela Companhia das
Letras. Trata-se de um livro descrito como vigorosa viagem pelo tempo e pelo
mundo a partir de dezesseis textos selecionados dentre 4 mil anos de literatura
mundial. Puchner nos apresenta a primeira autora do primeiro grande romance na
história universal, as aventuras de Cervantes, os artesãos da épica oral na
África Ocidental, como Goethe descobre a literatura, a difusão do Manifesto Comunista,
a batalha dos livros na América Espanhola. Do alfabeto ao papel, do códice à
impressão, essa é uma história de como a literatura moldou nosso mundo.
VÍDEOS,
VERSOS E OUTRAS PROSAS
1. Em
fevereiro de 2012, noticiamos no blog sobre The
fantastic flying books of Mr. Morris Lessmore,
um curta de Buster Keaton que perfaz uma visão apaixonante e apaixonada do amor
pelos livros. Veja aqui.
2. E, seguindo o mesmo tom da dica apresentada acima, vale reencontrar entre nossas publicações esta outra postagem que lista e mostra sete animações
a partir de clássicos da literatura – aqui.
BAÚ DE
LETRAS
Sempre se
diz que Dia Mundial do Livro é pela coincidência sobre duas mortes: a de
William Shakespeare e Miguel de Cervantes. Será? Se tem certeza absoluta que sim, então vale ver este texto. Se não, também se vê-lo para afiar o desafiar a in-certeza.
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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidades das referidas casas.
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