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William Faulkner e as tintas coloridas

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Por Cristian Vázquez William Faulkner em Farmington Club, 1960. Foto: George Berkley. 1 Quando William Faulkner recebeu as provas de impressão de seu romance O som e a fúria , não gostou nada de descobrir algumas correções feitas por Ben Wasson, seu editor, que era também seu amigo. Os itálicos que utilizara para assinalar os saltos no tempo, para trás ou para frente, na primeira das quatro partes em que estão divididas o livro, estavam corrigidas pela inserção de espaços em branco nos pontos em que se davam essas rupturas. Essa mudança foi o que mais lhe desagradou. Wasson alegou que o uso do itálico diferenciava apenas dois planos temporais, enquanto que na narrativa existia pelo menos quatro. Faulkner voltou a enviar o texto tal como havia escrito originalmente e o acompanhou de uma carta de tom um bocado aborrecido em que explicava que na verdade os planos temporais não eram quatro, mas muito mais. Só “o dia da ação tem 33”, enfatizava. E logo acrescentava que “