Golpes de versos afro-potiguares do poeta Antonio Eliano
Por Ciro Leandro Costa da Fonsêca O escritor angolano Ondjaki tece em suas obras uma imagem da escuridão com um viés belo e positivo, pensamento presente, por exemplo, no título da sua obra Uma escuridão bonita (2013). A escuridão para esse autor revela um lugar na história, um espaço que permite o tempo narrativo. Nessa obra a escuridão está relacionada à proteção de um jovem garoto ao faltar nas ruas de Luanda capital de Angola, criando uma oportunidade para o diálogo com sua amiga. Essa discussão sobre o autor angolano se constrói como bastidor para que cheguemos aos poemas do jovem potiguar Antonio Eliano Juvêncio da Silva, um poeta e compositor que lançou no ano de 2015 o seu primeiro álbum intitulado Ecdemomania e que se assume negro versando sobre a sua identidade. Natural de Pau dos Ferros, no interior do Rio Grande do Norte, onde faz mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, é descendente dos povos ne