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Mostrando postagens de julho 20, 2018

Félix Krull e o jogo de identidades

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Por Rafael Kafka Thomas Mann é um autor que muito agrada ao meu existencialismo. Há nele uma grande atenção às manifestações de ser mais elementares e minuciosas do ser humano. Para focar em tais manifestações, Mann se utiliza de uma narrativa focada no romance de formação e em elementos de contraposição entre escolhas do eu e do ambiente circundante. Nesse sentido, podemos dizer que em seus romances mais célebres o autor alemão coloca como protagonista a indefinição da condição humana e a consequente angústia daí oriunda. Em alguns textos como Sua Alteza Real , Mann mostra como elementos da liberdade humana são sacrificados aos poucos no sentido de construção da identidade de dado complexo existencial. Para a construção do ser-para-reinar é necessária a morte do ser-para-si com sua liberdade de escolha e projeção dentro da mundanidade cotidiana. A contraposição entre a subjetividade e a objetividade do indivíduo gera uma dimensão de existir puramente voltada para o mundo