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Mostrando postagens de julho 16, 2018

Górki, os engenhos da alma e o novo homem soviético

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Por Javier Bilbao É verdade que a empatia não era um dos pontos fortes de Stálin, não que fosse mal em julgar a psicologia dos que o rodeavam, fosse para detectar traidores ou para se servir deles com mais eficácia. Maksim Górki o calou certa vez: “És um homem vaidoso, devemos prendê-lo com correntes ao partido”. Assim, o escritor que passou um tempo autoexilado da União Soviética, fora do alcance repressor do regime, alguém que havia mostrado em ocasiões um critério independente e que pode converter-se totalmente num símbolo da dissidência ante os olhos do mundo, terminou sendo vigiado na volta à redoma, onde teria lugar uma relação simbiótica entre o intelectual e o poder extraordinariamente proveitosa para ambos. De maneira que sua cidade natal Níjni Novgorod passou a se chamar Górki, assim como uma das principais ruas moscovitas; recebeu a Ordem de Lênin, uma mansão e uma casa de campo junto a substanciosas somas de dinheiro; foi investido do cargo de presidente d