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A aranha negra, de Jeremias Gotthelf

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Por Pedro Fernandes Ao tratar sobre a simbologia da casa Mircea Eliade observa o valor da fundação do que então constituirá uma reinauguração do episódio mítico da origem do mundo; como pensador que define o homem enquanto complexidade aberta a várias dimensões, entre elas a de se incluir num âmbito da repetição ritual ou da reatualização dos gestos paradigmáticos que o constitui desde sua origem, na construção da casa reúne-se todas as atribuições de reafirmação do cosmos. Na antiguidade, a pedra de fundação do lar reunia todo o valor dessa ordem – por isso, os ritos de sagração que são repetidos até hoje de alguma maneira pelo homem moderno, seja o registro fotográfico da concepção do novo lar, seja o festejo da inauguração, a benzedura das chaves etc. A pedra de fundação era para o homem primitivo sempre o elemento sagrado, disposto no umbral da casa e se constituía o centro do novo cosmos.   Em A aranha negra , de Jeremias Gotthelf, é em torno desse elemento que se