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Mostrando postagens de maio 10, 2018

Noite dentro da noite, de Joca Reiners Terron

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Por Pedro Fernandes Há pelo menos três instantes de corte metalinguístico – não explícito – que estabelecem três possibilidades de leitura sobre Noite dentro da noite . O primeiro deles remete a ocasião quando o narrador tece uma explicação (e são muitas) para um termo que é recorrente na sua narrativa; esclarece que pyhareryepypepyhare para os mbyá-guarani corresponde a um instante mais denso da noite, uma vez o tempo para eles pertencer a outra dimensão diferente desta forjada pelo homem branco – “o instante mais denso de escuridão que antecede o alvorecer incerto, o instante mais negro de toda existência, pois não se sabe se haverá o seguinte”. Depois, o segundo, a exposição metafórica sobre a história narrada: uma “saga pantanosa que, como tudo que se origina no pântano, não tem bons alicerces, não tem fundamentos que a sustentam, é feita de lama movediça que engole tudo e às vezes devolve, às vezes não”. E, por último, o registro de uma fita K7 da rata, personag