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Da ponte do acaba mundo, no erro de um relâmpago: Naveganças em três linhas, de Tarcísio Bregalda

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Por Guilherme Mazzafera O quarto livro do poeta Tarcísio Bregalda é marcado pela promessa de uma ambiciosa síntese poética: conjugar, sempre em três versos, uma vasta amplitude de experiência. A não adoção de metros fixos permite a obtenção de diferentes ritmos, ora mais tensos e harmônicos, ora mais frouxos e dissonantes, o que, a despeito dos resultados diversos, incute certo dinamismo na leitura dos mais de 80 poemas que compõem as Naveganças em três linhas (Adonis, 2014). Os leitores dos livros anteriores de Tarcísio ( Os riscos das margens , 1997; Itinerau , 2011; e O pensar pelos barrancos , 2012) já conhecem algumas das pequenas obsessões do escritor: a Serra da Mantiqueira, os alpendres mineiros, as contínuas homenagens a seus anjos tutelares e, sobretudo, à poesia ela mesma. Todas comparecem aqui, de modo que é possível ler Naveganças como súmula, sempre provisória, de uma obra em constante refazimento, em que o reaproveitamento de versos, estrofes e até po