Ratos de praia, de Eliza Hittman
Por Pedro Fernandes O filme de Eliza Hittman é de um realismo brutal e assustador. Basta dizer que apresenta de maneira muito segura e precisa pelo menos uma das possibilidades para a condição desta praga social que atenta contra as liberdades individuais chamada homofobia. Não é que esta seja a questão principal da narrativa. Trata-se de uma história interessada em compreender as complexidades envolvidas no processo de autoconhecimento e autoaceitação de um jovem. Mas, as situações para as quais a personagem principal nesta obra é arrastada estabelecem como alternativa a gênese do mal. Situado na região de Conney Island, em Nova York, o espectador acompanha a rotina de um grupo formado por rapazes que, como quase todos das zonas de periferias urbanas, pela estreita relação de amizade gastam o tempo no exercício de pequenas trapalhadas típicas das suas condições: bebericagens, atrair mulheres para o sexo, consumo de drogas, pequenos furtos para os custos do ócio nas r