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Aquela água toda, de João Anzanello Carrascoza

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Por Pedro Fernandes   O corriqueiro também está repleto de significâncias. Esta parece ser a constatação que serve ao escritor contemporâneo. Claro, não é esta uma afirmativa que precise servir de verdade inconteste a toda a literatura atual, mas ao menos se verifica com certa precisão nesta antologia de contos de João Anzanello Carrascoza. Aquela água toda , que serve de título para a obra, pode ser por esta razão, a história principal das onze narrações que, salvaguardando pequenas exceções, parecem recontar situações com as mesmas personagens: dois irmãos, o pai e a mãe. Claro, em torno delas circulam outras que dividem a cena narrativa das histórias contadas. Isso significa dizer que, além do mesmo interesse que as une, há certo traço de continuidade narrativa marcada pela recorrência de papéis, além, do mesmo tom de voz objetivo e soturno com as histórias são narradas. A conclusão acima apresentada é evidentemente produto de uma suposição inter