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Mostrando postagens de fevereiro 28, 2018

Trama fantasma, de Paul Thomas Anderson

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Por Pedro Fernandes O primeiro impulso do espectador ante esta narrativa é o de classificá-la como uma história de amor – e ao estilo romântico. Mas, se à primeira vista essa visão pode se estabelecer e mesmo se confirmar, é porque descuidou-se de reparar na estrutura profunda do narrado. O princípio romântico ronda o encontro de Reynolds Woodcock, um conceituado estilista da alta costura inglesa, com a jovem Alma, uma simples atendente de lanchonete – mas só ronda. Que o desenvolvimento dessa relação não confirma em nada a ilusão barata das histórias de amor entre príncipes e plebeias e o que Paul Thomas Anderson propõe é uma inteira desconstrução desse enredo cor-de-rosa e enfrenta de maneira enérgica um potentado que foi colocado em xeque desde o desvanecimento das cores mais vivas do epílogo do foram-felizes-para-sempre. A realidade só está para conto de fadas quando não se é personagem de conto de fadas; nele, algumas verdades, sempre cruéis, porque cruel é a realida