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Seicho Matsumoto, pai da literatura proletária e policial no Japão

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Por Sergio Vera Escuta o milagre japonês? Não, não é a multiplicação dos pães e dos Pokémon. Tampouco a (enésima) ressurreição de Son Goku, mas o fulgurante crescimento econômico que o País do Sol Nascente experimentou (alguns estimam algo em torno de 10% do PIB) entre a segunda metade dos anos cinquenta e princípio dos anos setenta e tornou possível, depois de sair devastado da Segunda Guerra Mundial, o Japão se converter numa superpotência em poucas décadas. Um milagre ultracapitalista financiado pelos Estados Unidos, que provocou a queda do berço de bushido (o férreo código samurai) ante a corrupção política e o abuso de poder. Igualzinho a aqui, mas sem crise. E o melhor cronista do lado negro desse milagre foi Seicho Matsumoto, o fundador da chamada Escola Social, a primeira corrente genuinamente japonesa na História do País do Sol Nascente. Kiyoharu Matsumoto, verdadeiro nome do feitor, nasceu numa família muito simples de Kokura, por volta de 1909. Era