De Mário Peixoto, é preciso virar a página
Por Pedro Fernandes Repete-se com muita frequência que a geração com pés fincados no grande pântano das redes sociais tem se revelado portadora de um mal: tem muitos planos, aliás, é extremamente criativa, mas pouco ou quase nada torna-se realidade. E não porque não saiba o caminho das pedras através do qual possa concretizar suas ideias; é que, por alguma razão, tudo se adia um pouco e quando se percebe, a ideia está morta. A acusação tem alguma verdade, mas talvez seja necessário rever que este não é um mal de geração. É possível até que seja, agora, uma recorrência, mas ela independe do atual contexto. E entre o projeto e sua execução há mais elementos envolvidos que a mera inação de nosso tempo. A criatividade é, no geral, coisa que carece e muito de um amplo exercício de autocontrole e canalização das forças para um sentido em específico ou a vida inteira poderá não deixar de ser uma sucessão de devaneios. A bem da verdade, não há mal algum na não-realização de idei