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Marcelo Chiriboga, muito além de uma broma literária

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Se há um escritor do Boom que levou uma vida cheia de incógnitas e teve um fim misterioso é o equatoriano Marcelo Chiriboga. Foi o único equatoriano do Boom e o primeiro a utilizar o humor em sua obra. Seu primeiro romance, La línea imaginaria , é uma voluptuosa obra que exerce uma crítica ácida ao absurdo e a inutilidade do conflito entre Peru e Equador que resultou na guerra de 1941. Tudo isso é broma, claro. Porque Marcelo Chiriboga nunca existiu, ao menos não na vida real, só na ficção. Chiriboga já havia aparecido nos romances dos escritores José Donoso e Carlos Fuentes. Num dos livros do primeiro, Nueve novelas breves  escreve a contracapa da obra, esta aliás, uma recompilação póstuma de textos de seu criador. Num romance de Donoso, ele é o romancista mais aclamado do boom , aquele em que a personagem principal de O jardim do lado quer se parecer. Aquele que quer ser. No seu primeiro romance, os jovens soldados equatorianos se encontram em meio a selva, desconcertad