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Mostrando postagens de julho 12, 2017

O progresso do amor, de Alice Munro

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Por Pedro Fernandes Neste livro, fica ainda mais visível a grandiosidade de Alice Munro com uma forma literária sobre a qual é especialista. O parâmetro para a constatação é pequeno – o da relação com Ódio, amizade, namoro, amor, casamento – e por isso mesmo pode ser questionado facilmente. Sobretudo, porque deve ser, dada a peculiaridade da escritora em se dedicar apenas à narrativa curta, prática recorrente noutras obras. Mas, esta afirmação se dá porque nela o leitor encontrará o elemento fundamental que sustenta a afirmativa de abertura deste texto. Por longa data, construiu-se uma tradição do conto a partir dos postulados por Edgar Allan Poe. Isto é, a narrativa curta, dada a brevidade precisa obedecer uma estrutura que zele pela unidade e isso só é possível alcançar se o escritor for capaz de condensar ao limite a informação crucial do enredo e ainda assim não revelá-la integralmente no seu desfecho, obrigando o leitor à leitura de um só golpe e à suspe