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Mostrando postagens de junho 15, 2017

O homem sem doença, de Arnon Grunberg

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Por Pedro Fernandes A reinserção de Arnon Grunberg entre as obras mais recentes publicadas no Brasil corrige um grave desvio que colocava leitores em condição distanciada de uma das melhores prosas da literatura contemporânea. Desvio porque, depois dois primeiros títulos editados por aqui – Dor fantasma e Amsterdã Blues – já passara uma década que a obra do escritor holandês não era traduzida. Nessa correção, O homem sem doença veio depois de Tirza . E, argumentos não faltam para justificar a grandiosidade da obra de Grunberg, mas um é suficiente: trata-se de uma literatura que dialoga proximamente com universos como os de Franz Kafka, Samuel Beckett ou os de Herman Broch, que são atmosferas envoltas pela mesmidade da instituição burocrática, do onírico, do homem preso na tessitura de suas próprias ambições e incapaz de romper com o acaso e seus desdobramentos. Isto é, o homem nos seus piores pesadelos e condenado a neles permanecer porque, queira ou não, a vida não é