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Cem anos de solidão cumpriu a profecia de Melquíades

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Por Conrado Zuluaga Gabriel García Márquez. Foto: Ben Martin.  Nos anos anteriores aos 13 meses de reclusão – o tempo gasto para colocar em pouco mais de quatrocentas folhas a história que havia ruminado durante 20 anos –, Gabriel García Márquez enfrentou dois assuntos cruciais que ele próprio contou em diversas ocasiões. De um lado, era o autor de quatro livros publicados ( A revoada , O veneno da madrugada e Ninguém escreve ao coronel ), que vendiam pouco e tinham pouca repercussão; de modo que, na prática, continuava sendo um desconhecido. E, de outro, tinha mais coisas a dizer, mas não encontrava nem o tom e nem o modo de fazer: "Meu problema maior de romancista era que depois daqueles livros me sentia preso num beco sem saída, e estava buscando por todos os lados uma brecha para escapar. Sentia ainda que me restavam muitos livros pendentes, mas não conhecia um modo convincente e poético de escrevê-los". O "modo convincente e poético" encont