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Rodolfo Walsh, a pena e a pistola

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Por César G. Calero – Um fuzilado está vivo! Rodolfo Walsh era um resoluto escritor de romances policiais e incipiente divulgador cultural quando em dezembro de 1956 ouviu de alguém essa frase que mudaria sua carreira e o levaria ao altar dos grandes mestres da literatura e do jornalismo espanhol. “Um fuzilado está vivo”, escutou no café onde ia jogar xadrez. A fala não era de um todo verdade. Do primeiro fuzilado passou-se a um segundo, depois a um terceiro... E o resultado foi sete fuzilados que viviam. Walsh, de berço católico e conservador, mergulhou então numa minuciosa investigação sobre os fuzilamentos perpetrados durante o levante do general Valle em junho de 1956. O resultado foi Operação massacre , obra de culto do chamado jornalismo de investigação.  Vinte anos depois de sua publicação, Walsh se converteria em objetivo principal do regime cívico-militar que tomou o poder em 1976. Oficial primeiro da organização armada Montoneros sob os pseudônimos de Est