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O marechal de costas, de José Luiz Passos

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Por Pedro Fernandes “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. A frase de Karl Marx, assim deslocada da obra em que foi gestada nunca serviu tão bem ao momento pelo qual passamos – dentro e fora do Brasil. Algumas forças que, displicentemente, pensávamos sepultadas nos anais da história, voltam à ribalta e ameaçam cada vez mais assustadoramente voltar aos tempos de razão cega e sectarista responsável pelos momentos mais dolorosos de nossa curta estadia no mundo como civilização. E essa é a frase que bem poderíamos apresentar como explicação metodológica sobre a criação de O marechal de costas , de José Luiz Passos. Agora, antes de justificar a razão, é preciso fazer duas perguntas: uma é, qual o limite da realidade histórica metida num romance e, outra, desmembrada da primeira, é, até que ponto o romancista pode controlar as forças de seu tempo na influência de uma composição romanesca. Provavelmente, a resposta que obtivermos das duas q