Obras-primas perdidas e felizmente recuperadas
Walt Whitman: nos últimos anos, dois textos resgatados A história da literatura está cheia de casos de obras destruídas, censuradas ou extraviadas. Por exemplo, Huckleberry Finn , de Mark Twain, foi objeto de repetidas proibições nas escolas estadunidenses devido ao uso da palavra nigger (negrada), vocábulo que nos Estados Unidos adquiriu um peso semelhante ao que começa a se trilhar nas discussões sobre racismo no Brasil dos últimos anos. Além da censura, outra pilha de milhões de livros serviu de alimento para o fogo. Nem mesmo nós, de história tão recente, deixamos de ter nosso Fahrenheit 451. Foi assim, no nosso país naqueles anos infernais da Ditadura com obras de Jorge Amado. Mais de mil exemplares de livros seus foram queimados em praça pública pela polícia do regime, em Salvador, enquanto o escritor era levado para a cadeia. Mas é sobre outra lista igualmente extensa que este texto precisa citar: a de obras que nunca foram sequer publicadas porque foram perdidas