Estrelas além do tempo, de Theodore Melfi
Por Maria Vaz Não tenho a pretensão de deambular por conceitos absolutos e ideais que facilmente poderão ser catalogados como utópicos. O bom de escrever como espectador de um filme (que é arte) é não ter de atender a métodos científicos: aqui ‘sou’ eu, o pensamento, o papel em branco e toda a liberdade que algumas constituições ainda protegem, como a de expressão ou outras, inerentes ao livre desenvolvimento da personalidade. E dizer isto pode parecer deslocado, mas não o é. Este filme roda em torno da luta emancipatória de minorias, que eram cidadãs americanas, mas que possuíam menos direitos e liberdades do que aqueles que nasceram no mesmo país, com outro sexo ou outra cor de pele. O filme faz-nos regredir no tempo. A um tempo pior do que este, em que, além de existir desigualdade entre géneros, era disseminada a discriminação com base na cor da pele. Agora imaginem um enredo em torno de três mulheres, de cor (com toda a ridicularidade desumana da expressão que empre