Crónica dos bons malandros, de Mário Zambujal
Por Pedro Belo Clara Considerando uma anterior abordagem aqui exposta ao trabalho deste autor, mais concretamente sobre os principais traços espelhados no título Serpentina , de 2014, é no mínimo justo, tanto por louvor ao homem e seu ofício como para o enriquecimento do acervo deste espaço virtual onde vos escrevo, que nos debrucemos agora um pouco sobre a obra-prima de Zambujal, uma bem-amada crónica que desde 1980 tem vindo a arrebatar os corações das entretanto vindouras gerações. O próprio criador obedece à força da criação e humildemente admite a sua impotência diante do brilho da mesma, da sua extraordinária capacidade de encantar e de permanecer viva na memória de quem lendo a viveu, tanto como daqueles que, muito depois do seu nascimento, com ela criaram relação, cedendo, quem sabe?, às artes sedutoras de um trabalho tão cativante em sua origem. São suas as seguintes palavras: «Sinto-me sequestrado por estes “bons malandros”. Aos livros que fui escrevendo, e out