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O som e a fúria, de William Faulkner

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Por Pedro Fernandes É preciso ler William Faulkner para saber quão longe se estende sua influência na literatura produzida nestas últimas décadas desde os anos finais de 1920; caso contrário sempre se correrá o risco de afirmar que todo escritor capaz de remodelar a narrativa através da total imersão na psicologia dos indivíduos é um grande criador. É evidente que há, depois do estadunidense, obras que ampliam sua maneira de contar e fundamentais na renovação estética do romance, mas sobre elas paira a sombra sempre da literatura de Faulkner. Logo, a leitura da sua obra é a garantia, para o leitor, de compreender toda a grande literatura posterior porque nela reverbera, em menor ou maior grau, suas influências. O som e a fúria é dos seus primeiros títulos e possivelmente um dos mais conhecidos e estudados pela crítica, mas sempre descrita como uma continuidade na visão desencantada sobre a realidade nascida em obras como Paga de soldado e Mosquitos . O olhar do esc