Boletim Letras 360º #254
Magros boletins, magras postagens. Estamos em dormência. A ganhar fôlego para a rotina de mais um ano. Em breve divulgaremos em nossa página no Facebook nossa primeira promoção de 2018; permaneçam atentos! E ontem, 29 de dezembro, divulgamos nossa tradicional lista com os melhores de 2017, viram? Se não, visitem aqui. A seguir, as notícias que copiamos em nossa rede social mais visitada; como na edição passada, este Boletim Letras 360º está minado de expectativas sobre os livros que nos chegam em 2018. Boas leituras e, reforçamos por aqui, excelente ano novo!
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Um inédito de Sylvia Plath chega ao Brasil em 2018. Saiba mais ao longo deste Boletim. |
Segunda-feira,
25/12
>>> Brasil: Uma coleção
de clássicos da literatura brasileira com textos do crítico Antonio Candido
A ideia é
apresentada em 2018 pela Editora Ouro Sobre Azul; a coleção sai em parceria com
a Edusp e é formada por romances do século XIX sobre os quais Antonio Candido escreveu. Os primeiros que sairão: Iracema, de José de Alencar; O cortiço, de Aluísio Azevedo; Memórias de um sargento de
milícias, de Manuel Antônio de Almeida; e Dom Casmurro, de
Machado de Assis.
Terça-feira,
26/12
>>> Brasil: Sylvia Plath
inédita por aqui
Publicado em
1977, Johnny Panic and bible of dream trata-se de uma coleção de
contos. A obra, depois de várias reedições ganhou novos textos. Dos 13
apresentados na primeira versão passou a 22 na versão mais recente. Esta
edição, dividida em quatro partes e que inclui ainda ensaios de Plath foi
publicada com uma variedade de novas histórias, algumas consideradas bastante
pessoais por Plath. Em Portugal, a antologia já fora traduzida, mas no Brasil,
onde a poeta tem um reduto fiel de leitores ainda era parte de uma lacuna por
preencher. A obra sairá pelo selo Biblioteca Azul,
da Globo
Livros em 2018.
>>> Brasil: Em 2018,
pelo menos outros três títulos de Margaret Atwood chegam por aqui
O estrondoso
sucesso de O conto da aia, depois do seriado com mesmo título, e de Alias Grace, agora também um seriado, deixou o mercado editorial em
alerta sobre a obra de Atwood. Então, para o ano que vem, a Editora Rocco, que
publica sua obra aqui no Brasil, promete o relançamento de mais dois títulos: Oryx e Crake e O ano do dilúvio. Esses livros formam
com MaddAddam uma trilogia; no passado, o silêncio em torno da obra
pode ter sido um motivador para que o último livro nunca tenha sido publicado
por aqui. Já não é mais o caso e o romance sairá pela primeira vez no Brasil.
Quarta-feira,
27/12
>>> Brasil: Duas
biografias sobre Monteiro Lobato
Noutra post
anunciamos que a Companhia das
Letras passará a publicar a obra do autor do Sítio do Pica-pau Amarelo
tão logo esta entre em domínio público, i.e., em 2019. Mas, outras ações estão
nos planos para então. Uma é a biografia de Lobato voltada para o público
infantil escrita por Lilia Moritz Schwarcz e Marisa Lajolo. A outra é a edição
revista e ampliada de sua biografia mais conhecida, Furacão da
Botocúndia, de Carmen Lúcia Azevedo, Márcia Camargos e Vladimir Sachetta.
>>> Brasil: Uma
antologia copia poemas da literatura cubana
Sai pelo
selo Demônio Negro, em 2018, a antologia Poesia cubana. Do século XIX à
atualidade. A edição organizada e traduzida por Jorge Henrique Bastos
inclui nomes como José Lezama Lima, José Martí, Julián del Casal,
Mercedes Metamoros e Gertrudis Gómez.
Quinta-feira,
28/12
>>> Brasil: A
correspondência entre dois dos grandes nomes da literatura japonesa
Yukio
Mishima tinha 20 anos quando escreveu sua primeira carta a Yasunari Kawabata e
esta conversa durou 25 anos, de 1945 a 1970. Trataram sobre temas que vão desde
os bastidores do mundo das letras japonesas a detalhes da vida cotidiana dos
dois, além de discussões sobre obsessões comuns, como a atração pela morte e
uma devoção à beleza.O material ainda inédito no Brasil ganhará uma edição em
2018 pela Editora
Estação Liberdade.
>>> Brasil: Dois novos
romances de Victor Hugo devem chegar ao Brasil em 2018
Noventa
e três e Claude Gueux. A narrativa do primeiro se passa em
1793, no auge da Revolução, quando a França estava dividida entre monarquistas
e republicanos dispostos a dar a vida por seus ideais de nação. As ações desse
período se passam entre Paris e Bretanha e têm interesse de conhecer os dois
lados da guerra civil e das revoltas naquele país. Este foi o último romance de
Victor Hugo. Já o segundo, parcialmente inspirado em fatos reais, narra a
história da personagem que dá título a obra. A narrativa reconta a vida dessa
personagem desde quando é presa por roubar um pedaço de pão até sua condenação
à morte. Os dois títulos integram o catálogo da editora Estação Liberdade.
Sexta-feira,
29/12
>>> Brasil: Morreu no
último dia 29 de novembro a professora e ensaísta Nelly Novaes Coelho
A informação
foi divulgada pela família. Segundo o filho de Nelly, Márcio Novaes Coelho, ela
sofreu um ataque cardíaco há três anos e tinha um quadro de saúde debilitado.
Nos últimos meses, o coração ficou cada vez mais fraco e a falência do órgãos
ocorreu no dia 29 de novembro. Referência nacional na área de literatura
infantil e juvenil, Nelly criou em 1980 a primeira cadeira sobre o tema no
curso de letras da USP. Iniciou a carreira acadêmica em 1955 no mesmo curso, e
em 1961 assumiu uma cadeira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
Unesp de Marília. O interesse por literatura infantil se intensificou no fim
dos anos 1970, em 1981 ela se tornou professora adjunta da USP, e quatro anos
depois assumiu como titular. Em 1992 foi aposentada compulsoriamente, mas
seguiu se dedicando a projetos como a reedição do Dicionário Crítico da
Literatura Infantil e Juvenil Brasileira (publicado originalmente em
1983, reeditado em 2007), que cataloga 704 autores. Além desse trabalho, Nelly
é autora de diversos livros considerados marcos no estudo de literatura
infantil no Brasil, entre eles Literatura infantil. Teoria, análise, didática (1981), Panorama histórico da literatura infantil/juvenil (1984) e O conto de fadas. Símbolos, mitos, arquétipos (1987).
>>> Brasil: Morreu o
poeta surrealista Raul Fiker
Foi no dia
23 de dezembro. Raul Fiker publicou um único livro de poemas O
equivocrata. Lançado em 1976 por Massao Ohno, a coletânea de textos em
prosa juntava-se a outros volumes fundamentais do surrealismo paulistano,
lançados pelo mesmo editor, como Paranoia (1963), de Roberto Piva,
e Anotações para um Apocalipse (1964), de Claudio Willer. Neste ano
a editora Córrego relançou o volume dos poemas de Fiker, então professor
titular de filosofia da Unesp. A edição traz textos que ficaram de fora da
primeira edição, um prefácio de Claudio Willer e as imagens oníricas da artista
plástica Maninha Cavalcante, responsável por aproximar Fiker de seu primeiro
editor.
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