As melhores leituras de 2017 na opinião dos leitores do Letras
– O som e a fúria, de William Faulkner.
Foi uma
experiência de leitura inexplicável. É tudo forte, intenso. (Hugo Trajano, Fortaleza
– CE)
– A cabra vadia, de Nelson Rodrigues.
Um livro
que, desde a elaboração dos personagens até as tramas de enredo, desconcerta
clichês da brasilidade... Nelson merece ser lido, pelo menos de duas formas:
como um exímio contador de histórias sobre o homem “civilizado” e como um
pensador conservador, no sentido de que não temos no Brasil tantos pensadores
assim, que nos apresentam uma contrapartida ao que predomina em nossa cultura a
fim de estabelecermos um diálogo... Merece a leitura de todos, mas sem as reservas
de quem é muito politicamente correto. Ainda que torça o nariz, leia até o fim!
Afinal, o Brasil vislumbrado por Nelson existe! Não consigo negar isso. (Luiz
Eduardo Mendes, Brasília – DF)
– A sombra do vento, de Carlos Ruiz Zafón.
Um livro que
fala sobre o amor aos livros. Todo o ambiente literário do livro é um convite
ao deleite a história, li tão vorazmente que nem me dei conta quando sem querer
já estava no final. Bem escrito, sagaz e espetacular. Zafón me conquistou.
(Daiane Souza, Senhor do Bonfim – BA).
– Dicionário do Diabo, de Ambrose Bierce
Numa edição
endiabrada da Carambaia com tradução assombrosa do Rogério W. Galindo. Uma
compilação de definições irônicas, de A a Z, várias delas dignas de
gargalhadas, uma das obras mais inusitadas da literatura. Não minto, vejam por
exemplo o conceito de ISCA: "Preparação que torna o anzol mais palatável.
O melhor tipo é a beleza." (Rogério Oliveira, Rio Verde – GO)
– As fúrias invisíveis do coração, de John
Boyne
Editado pela
Companhia das Letras. Um belo retrato da Irlanda dos anos 40, num romance
arrebatador, sobre autodescoberta e aceitação num mundo por vezes cruel e
hostil. De uma atualidade assustadora! (Edvan Melo, São Luís – MA)
– A mulher dos pés descalços, de Scholastique Mukasonga.
Merece estar na lista de melhores do ano pela delicadeza crua com que trata do
tema pesado e difícil do genocídio. Por ser uma espécie de autoficção
despretenciosa que não é menos violenta quando é mais singela. Adjetivos à
parte, mostra a força da literatura como autoelaboração e curativo. (Juliane Bianchi,
Rio de Janeiro – RJ)
– O diário de Helène Berr
É um livro
tocante, profundo, doloroso, transformador. Possibilita aos leitores entrarem
em contato de forma mais íntima com a história dessa jovem judia de 21 anos,
estudante de literatura inglesa da Sorbonne que lutou bravamente para enfrentar
os horrores do Colaboracionismo francês e da terrível perseguição aos judeus. (Rita
Lisbôa, Porto Alegre – RS)
– O tempo redescoberto, de Marcel Proust
(de Em busca do tempo perdido)
Ótima
descrição do amargor que a passagem e destruição ocasionada pelo tempo. Mas
pode ser transcendido pela Arte. (Raphael R. Almeida, Vila Velha – ES)
– Com o mar por meio. Uma amizade em cartas,
de Jorge Amado e José Saramago.
O livro
contém as cartas maravilhosas trocadas entre os dois escritores. É simplesmente
perfeito! (Luciene Azevedo, Teresópolis – RJ)
– As vinhas da ira, de John Steinbeck.
Livro
magnífico, intenso e proporciona uma experiência de leitura inesquecível. (Marcelo
Rocha, Manaus – AM)
– Quase Diário, de Affonso Romano de
Sant'Anna.
Um livro
maravilhoso onde o autor conta de maneira simples sua vida no Rio de Janeiro, seu
trabalho, suas amizades com os escritores como Carlos Drummond de Andrade e
conta alguns casos que achei um tanto pitoresco. (Jô Palha, Belém – PA)
– Menino do mato, de Manoel de Barros.
Livro maravilhoso
para quem curte poesia repleta de símbolos, silêncios e o convite para lermos
nas entrelinhas. (Gersonita Elpídio dos Santos, Paranvaí – PR)
– Sobre falar merda, de Harry G. Frankfurt.
No topo da
minha lista de 2017. Em um ano marcado pelos absurdos esparramados nas redes
sociais e pela imprensa cada vez mais porca deste país, me parece um livro
necessário. (Renata Sbr, São Paulo – SP)
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