16 + 2 romances de formação que devemos ler
Goethe à janela de seu apartamento em Via del Corso, Roma. Pintura de Johann Tischbein, 1787. |
Há uma forma
romanesca que tem ganhado espaço entre os leitores nos últimos anos, sobretudo
devido ao gosto elevado pela obra da escritora italiana Elena Ferrante indicada
nesta lista – a tetralogia napolitana. Neste meio tempo as livrarias receberam
ainda livros como O pintassilgo, de
Donna Tart ou a reedição de clássicos como A
montanha mágica, de Thomas Mann. Mas, o que há em comum entre estas obras e
qual forma romanesca é esta?
A forma é do romance
de formação (cf. enuncia o título da postagem). O termo é uma tradução do
alemão Bildungsroman e teria sido
empregado pela primeira vez em 1803, pelo professor de filologia clássica Karl
Morgenstern numa conferência sobre “o espírito e as correlações de uma série de
romances filosóficos”, segundo Friz Martini. Como lembra Wilma Patricia Marzari
Dinardo Mass, “mais em tarde, em
conferência de 1820, o mesmo Morgenstern
associará o termo por ele criado ao romance de Goethe Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister cunhando assim a fórmula paradigmática de definição do gênero: ‘[Tal forma de romance] poderá
ser chamada de Bildungsroman,
sobretudo devido a seu conteúdo, porque
ela representa a formação do
protagonista em seu início e trajetória
em direção a um grau determinado de perfectibilidade [...]. Como obra de
tendência mais geral e mais abrangente da bela formação do homem, sobressai-se
[...] Os anos de aprendizado de Wilhelm
Meister, de Goethe, obra duplamente significativa para nós, alemães, pois
aqui o poeta nos oferece, no protagonista e nas cenas e paisagens, vida alemã,
maneira de pensar alemã, assim como costumes de nossa época.’”.
Isto é, noutras palavras, o romance de formação é aquele cuja
narrativa se dedica a acompanhar um período de transição da vida de uma
personagem – não meramente entre a infância, a juventude e a idade adulta, a
velhice mas sua transformação psicológica e crítica que lhe defina um antes e
um depois na sua existência. Ao dizer isso, o leitor já terá estabelecido as
relações entre os textos citados no início deste texto. Pois bem, estes e
outros são agora parte de uma lista que apresentamos a seguir.
Consideramos, nunca é demais lembrar, que não é esta uma
lista completa; logo única e inesgotável, mas a composição de um conjunto de obras
pelas quais o leitor possa experimentar a variabilidade do Bildungsroman, uma vez que, desde a definição de Morgenstern e
desde o romance de Goethe – que abre nossas indicações – a forma, como qualquer
outra, tem sofrido modificações, visto que é este um dos trabalhos dos criadores,
reinventar os objetos artísticos. Também como sempre dizemos nas publicações do
gênero, não é este um ranking entre a
melhor ou pior obra e as apresentações de cada uma delas é dada, em grande
parte, pelas sinopses oferecidas pelas editoras que publicam essas obras no
Brasil.
Os anos de aprendizado
de Wilhelm Meister, de Goethe. Verdadeiro “ponto culminante na história da
narrativa”; é nesses termos que Georg Lukács se refere a este romance. O livro
foi publicado em duas partes (em 1795 e 1796) e alcançou reconhecimento
imediato, dando origem, cf. dissemos, ao romance de formação. Com uma
habilidade extraordinária, Goethe narra as aventuras do jovem Wilhelm Meister,
filho de um casal da burguesia alemã, que, contrariando as expectativas de sua
classe e família, desejosa de que ele faça carreira no comércio, decide
juntar-se a uma trupe de comediantes, ingressando assim no mundo do teatro. Em
meio a uma sequência infindável de encontros, peripécias e diversas ligações
amorosas, Meister se vê às voltas com os mais diferentes extratos sociais,
cumprindo uma trajetória que desenha um esplêndido painel da sociedade de seu
tempo. Romance enciclopédico, considerado por Schlegel um dos grandes
acontecimentos da Idade Moderna, com influência equiparável à Revolução
Francesa, esta obra sintetiza e supera as formas narrativas
anteriores. Com meios inéditos para a época, Goethe constrói seu livro em torno
da questão da formação do indivíduo em condições históricas concretas.
David Copperfield,
de Charles Dickens. Seu autor dispensa apresentações – é considerado um dos
pilares da literatura ocidental moderna. Este livro é descrito como uma
narrativa de forte traço autobiográfico. Foi publicado em forma de folhetim
entre 1849 e 1850. O autor afirma, no prefácio ao livro, que, entre os inúmeros
romances que publicou, este era seu “filho predileto”. O protagonista deste
romance, cujo nome o intitula, vive feliz com a mãe viúva, até que ela se casa
com o Murdstone, um homem cruel que, instigado pela irmã que vai morar com
eles, envia o garoto para um rígido internato. Desgostosa com o destino do
filho e com a frieza do esposo e da cunhada, a mãe de David morre
prematuramente. Órfão, o menino é rejeitado pela nova família e se vê sozinho
no mundo. Passa a conviver com pessoas de todo tipo e conhece o sofrimento, mas
também a amizade e o amor.
As aventuras de Huckleberry
Finn, de Mark Twain. Ernest Hemingway, um dos nomes mais importantes da
literatura estadunidense, disse certa vez que não há na tradição literária
moderna de seu país nenhum livro que tenha sido tão bom antes e depois dele.
Publicado em 1885 como sequência de As
aventuras de Tom Sawyer (1876), a história de Huck Finn, no entanto,
ganhou autonomia: é unanimemente considerada a obra-prima de Mark Twain e mudou
para sempre o imaginário dos Estados Unidos. Para se livrar do pai bêbado e
violento, Huckleberry Finn se refugia numa pequena ilha do rio Mississippi,
onde se alia com Jim, um escravo fugido. Em busca de liberdade, a inusitada
dupla se lança numa viagem pelo leito do rio, às margens da sociedade
pré-Guerra Civil. Marco fundador da narrativa estadunidense, o romance
registrou a fala comum da gente simples e inaugurou a tradição – central das
artes americanas – do anti-herói jovem e espirituoso que, graças à condição de
desajustado, goza de uma visão privilegiada do mundo. Muitas vezes alvo de
polêmicas, Huck Finn não cessa de suscitar reflexões sobre o absurdo da
humanidade.
Memórias sentimentais
de João Miramar, de Oswald de Andrade. Este é considerado um marco do
modernismo na literatura brasileira. Desde sua publicação, em 1924, é uma
obra saudada como uma das mais instigantes da nossa prosa. E sobre ele pode se
dizer que o seu autor inova significativamente tanto na forma como na estrutura
tradicional do romance de formação. Construído a partir de 163 fragmentos de
gêneros diversos, a obra retraça a vida de João Miramar, uma espécie de
caricatura do homem das classes mais favorecidas – herdeiro da cultura do café,
fascinado pelas coisas estrangeiras, distante do cotidiano brasileiro. Oswald
constrói a partir das transformações na vida da personagem uma sátira, selvagem
e por vezes melancólica, do veio memorialista da literatura brasileira, em que
os filhos das famílias mais abastadas reescrevem sua própria trajetória.
Os moedeiros falsos,
de André Gide. Este livro foi assumido pelo próprio escritor como seu único
romance. “Romance de um romance que
se escreve”, como diria uma das personagens da obra, com estilo notoriamente
refinado e inovações que marcaram época, Gide prescinde da cronologia e
estrutura narrativa tradicionais. Para tanto, concebe um herói, o escritor Édouard,
que lhe é muito próximo, e o contrapõe a Bernard Profitendieu, que a seu jeito
é igualmente um personagem-modelo e Olivier Moliner. Os dois primeiros, dois
jovens intelectuais, e o último, um romancista que mantém um diário de
anotações para a criação de um romance também chamado Os moedeiros falsos. O diário duplica além do título, personagens e
situações da narrativa principal. A história da obra, de sua gestação,
permeia-se pelos tons do desejo, do homoerotismo, do tema bíblico e do romance de
formação. Os intelectuais, e moedeiros falsos não são, para Gide, apenas os
jovens que escoam dinheiro fraudulento, mas os falsários no espírito e na
letra, todos os que vivem na mentira de sentimentos falsos.
Vida e proezas de
Aléxis Zorbás, de Nikos Kazantizákis.
Publicado pela primeira vez em 1946, o livro é o relato em primeira pessoa de
um intelectual – cujo nome não é mencionado – frustrado por ter levado uma vida
até então totalmente dedicada aos livros e à escrita. Ao ser chamado de “roedor
de papéis” por um velho amigo, decide lançar-se em uma viagem para explorar uma
mina de linhito em Creta, a fim de “conviver com homens simples, operários, camponeses,
longe da classe dos roedores de papel”. Enquanto espera o navio que o levaria à
ilha de Creta, em um café no porto, o narrador acaba por conhecer um vibrante
senhor macedônio de nome Aléxis Zorbás, que se oferece para acompanhá-lo na
empreitada. Zorbás é um homem primitivo, bruto, mas com uma consciência para
além da razão e da moral típicas dos seres humanos civilizados. Não vê sentido
nas angústias do homem comum; sua linguagem é simples, e quando as palavras não
são suficientes, é através da música da dança que se expressa. O narrador, por
sua vez, é o oposto de Zorbás, e nada o impressiona mais do que a alma crua,
juvenil e livre do novo amigo. Paralelamente aos animados diálogos entre os dois
e à exploração da mina de linhito, o narrador segue uma jornada solitária:
angústias e questionamentos existenciais que sempre o acompanharam são registrados
em um manuscrito; reflete sobre Buda, Dante Alighieri e sobre o filósofo mais
visceral que já conhecera: o velho Zorbás.
O brinquedo raivoso,
de Roberto Arlt. Quando o jovem escritor argentino estava escrevendo este que
seria seu romance de estreia, planejou chamá-lo de A vida porca. O título provocativo deu lugar a outro mais
sugestivo, quase infantil, que o tornaria célebre. O livro data de 1926 e os
dois títulos pensados por Arlt dizem muito sobre como se pode ler este romance:
o relato autobiográfico de Sílvio Astier, rememorando a própria adolescência
com seus rituais de iniciação e suas escolhas, a falsificação da figurinha mais
difícil do álbum, a necessidade de procurar o primeiro emprego e a formação da
sociedade criminosa – que se sustenta à base de pequenos furtos e gigantescos
projetos nunca realizados. Entre desejo e necessidade, Sílvio caminha com
a cesta de compras para ajudar o patrão, cuja loja depois tentará incendiar: “E
eu era aquele que havia sonhado em ser um bandido grande como Rocambole e um poeta
genial como Baudelaire!”. O narrador de Roberto Arlt nos mostra que entre a
porcaria dessa vida e a violência do brinquedo novo e incompreensível, caberá
ao jovem protagonista fazer uma escolha que, como cicatriz, carregará por toda
a vida.
Um retrato do artista
quando jovem, de James Joyce. Depois do romance de Goethe que deu origem ao
romance de formação, este é uma das obras principais. Publicado em 1916, a narrativa
dedica-se à infância e à juventude de Stephen Dedalus, alter ego literário do escritor
irlandês. A personagem, que teria lugar de destaque no Ulysses, romance seguinte do autor, aparece aqui como um jovem em
busca de identidade, seja ela artística, política ou pessoal. A experiência num
internato jesuíta, onde conhece a teoria estética de São Tomás de Aquino,
transformará Dedalus de forma irremediável e o colocará em contato com uma das
mais belas epifanias artísticas já registradas num romance. Este foi o primeiro livro de Joyce e baseou-se numa ideia
que o escritor havia tido uma década antes: a de recriar sua relação entre o
passado e a idade adulta na conturbada Irlanda do início do século XX. Stephen
Dedalus, cujo nome faz referência ao mítico Dédalo, é acompanhado aqui pela
maturação psicológica, acadêmica, religiosa e filosófica.
O apanhador no campo de centeio, de J.
D. Salinger. O livro narra um final de semana na vida de Holden Caulfield,
um jovem de dezessete anos vindo de uma família de classe média alta de Nova
York. Holden não é específico sobre sua localização, enquanto ele está contando
a história, mas deixa claro que está em tratamento num hospital psiquiátrico ou
casa de repouso. O único livro do escritor estadunidense é considerado uma
obra-prima; foi publicado em 1951 e funcionou como uma bomba de efeito
retardado, uma vez que o sucesso só veio muitos anos depois, mesmo tendo sido de
imediato bem recebido pela crítica. O encantamento da narrativa se dá pela
forma e no tom com o protagonista narra suas aventuras pela vida pregressa em
Nova York. Situado entre o exterior e o interior dessa personagem, este romance
localiza-se no limiar entre a adolescência e o alvorecer da vida adulta e numa condição
bem amargosa.
A sibila, de Agustina Bessa-Luís. Publicado em 1954, é esta uma das obras
principais da escritora portuguesa e pela qual é sempre lembrada. A narrativa gira
em torno de Quina, a sibila, de acordo com o título. Apresenta os seus
antecedentes (os pais, Maria e Francisco Teixeira com a sua libertinagem); sua
infância, sua relação com a mãe, o pai e a irmã; e as grandes transformações
vividas pela jovem, quando ela, mercê de dotes que entretanto se revelam, se
descobre capaz de domínio sobre os que o rodeiam; a partir daqui, ela é já a
sibila, quer junto de elementos da camada popular, quer junto dum mundo
feminino socialmente mais elevado (caso especial da Condessa de Monteros).
Entretanto, entra no romance a pequena Germa, que aos poucos vai descobrir a
protagonista como “possuidora de todo o puro enigma do ser humano, vórtice de
paixões onde subsiste, oculta, nem sempre declarada, às vezes triunfante, uma
aspiração de superação, alento sobre-humano que redime e que transfigura”.
As aventuras de Augie March, de Saul
Bellow. Considerado um romance picaresco, a obra de 1953 narra, como título a
designa, as aventuras vividas por Augie March ao longo de sua infância e vida
adulta. A publicação do monumental romance ocasionou a imediata projeção nacional
e internacional de Bellow, até então autor de dois livros de sucesso apenas
relativo. Escrito quase totalmente durante a estada do escritor em Paris
(1948-50), o livro ocasionou uma verdadeira revolução na linguagem literária
dos Estados Unidos. À maneira dos pioneiros que primeiro exploraram as costas da América, o
irrequieto narrador-protagonista desvela um novo continente da literatura em
língua inglesa. A narrativa consagra os bairros do empobrecido sul de
Chicago, durante a Grande Depressão, como cenário natural das andanças desta
espécie de desiludido Cândido do século XX. Do otimismo romântico da juventude
ao cinismo pessimista da idade madura, desempenhando as profissões mais
inusitadas – de sindicalista e corretor de imóveis a ladrão de livros – o,
Augie March é o arquétipo do anti-herói errante da literatura estadunidense
contemporânea. Sua movimentada trajetória entre os Estados Unidos, o México e a
Europa desenha o mapa desta espécie de grande epopeia irônica, habitada por
numerosos tipos inesquecíveis.
Uma casa para o Sr. Biswas, de V. S.
Naipul. Esta é considerada sua preferida, a mais engraçada e uma das mais populares
obras do escritor. Como se não bastasse, a crítica consagrou-a como verdadeira
obra-prima, um romance magnífico em que Naipaul, com muito humor, faz a mais
sutil e abrangente análise da situação colonial já elaborada em literatura de
ficção. A narrativa passa-se em Trinidad e é inspirada na infância e
adolescência do autor. A maior ambição de seu protagonista, Mohun Biswas – de origem
hindu, ele é uma recriação ficcional do pai do autor –, é ter sua própria casa.
A história dessa personagem irremediavelmente deslocada é toda recheada de
divertidíssimas peripécias, sempre girando em torno dessa eterna busca de um
lar e de uma ocupação satisfatória. Em suas aventuras, está sempre às voltas
com parentes, vizinhos e amigos intrometidos, que ora o atrapalham ora o ajudam
em sua cruzada.
Perto do coração selvagem, de Clarice
Lispector. Este é o romance de estreia da escritora; foi publicado em 1943 e
trata-se de uma obra marcada pelo estilo introspectivo pelo qual ficaria reconhecida
a escrita clariciana e que logo a crítica tratou de associar a Virginia Woolf e
James Joyce. Aliás, seu título faz referência ao já citado nesta lista Um retrato do artista quando jovem e foi
sugestão do amigo Lucio Cardoso quando o livro já estava concluído. A narrativa
acompanha a vida de Joana, quem narra sua história através de dois planos: sua
infância e o início da vida adulta. De caráter existencialista, este é um dos
romances que inova no Brasil o gênero romance de formação – seja pelo estilo
leve, solto, fragmentário e elíptico. Clarice Lispector funde subjetividade com
objetividade, alterna os focos literários e o tempo cronológico dá lugar ao
psicológico (o presente entremeado ao intermitente flashback). A prosa discorre
a visão de mundo da protagonista e sua relação com as demais personagens: o pai
prematuramente falecido, incentivador das brincadeiras na infância; a tia
assustada com as estripulias da órfã, a quem chama de víbora; o tio fazendeiro,
afetuoso com Joana e abúlico diante das reclamações da mulher; o professor
confidente e orientador (como a paixão da puberdade); Otávio, o rapaz que se
casa com Joana ao romper o noivado com Lígia, de quem posteriormente se torna
amante; Lígia, grávida de Otávio, conta tudo à protagonista; o homem sem nome,
sustentado pela mulher, participante silenciosa do romance clandestino e sem
compromisso dele com Joana.
A montanha mágica,
de Thomas Mann. Este é outro título que tal como Um retrato do artista quando jovem, de James Joyce é sempre
designado como um dos que renovam a tradição do Bildungsroman. A narrativa engenhosa de Mann acompanha o jovem Hans
Castorp, quem, durante uma inesperada estadia num sanatório para tuberculosos, relaciona-se
com uma miríade de personagens enfermas que encarnam os conflitos espirituais e
ideológicos que antecedem a Primeira Guerra Mundial. Mann levou doze anos entre
a concepção que teria sido a partir do episódio de internação de sua companheira
Katharina Mann num sanatório de Davos na Suíça também para curar-se de uma
tuberculose em 1912 e sua publicação em 1924.
Tetralogia napolitana, de Elena
Ferrante. Quatro romances que devem ser lidos como se fosse um: A amiga genial, História do novo sobrenome, História
de quem foge e de quem fica e História
da menina perdida formam um amplo painel na vida de duas mulheres, Lenu e
Lina, da infância à vida adulta, desta à velhice, marcado pelas idas e vindas
da relação entre as duas, suas vivências, frustrações, sonhos, realizações, conquistas,
perdas, altos e baixos; um caleidoscópio através do qual se vislumbra as
diversas faces que podem ser assumidas pelo indivíduo comum. A instigante obra
de Ferrante não compõe apenas uma visita às transformações diversas na
atmosfera individual dessas personagens, mas na paisagem cultural de uma Itália
em contínua reinvenção política e social.
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Beijos
Adriana