Os melhores de 2016
Por Pedro Fernandes Há quem abomine as listas. Quem diga que elas se tornaram o clichê da nova web e de metidos a colecionar tudo e não terem contato com nada. Faço e copio listas no Letras desde quando lista era coisa vã e asseguro: elas têm um valor importante. Evidentemente que não discordo da posição dos rejeitadores – ardilosos estão em tudo –, mas no meu caso as listas são um norte entre tanta informação, uma meta entre tantos compromissos, um mea culpa entre tantos pecados cometidos. Quando organizo uma lista de final de ano como esta eu posso rever as jornadas de leitura, os afetos e desafetos construídos em torno de determinadas obras, a abertura de outros rumos na minha formação de preceptor da arte e da criação, o quanto ainda é preciso aperfeiçoar para se ler mais e melhor e como ainda tem chão a ser percorrido. Mas nenhuma angústia; ao contrário, a lista é um antídoto contra a angústia. 2016 foi um ano de muitos planos e pouco ou quase nada de