Romance 11 Livro 18, de Dag Solstad
Por Pedro Fernandes Há um seleto grupo de escritores da literatura nórdica contemporânea fundamentais para se compreender os exercícios de reinvenção praticados com a narrativa e a forma romanesca; há nesta constatação um eco feroz de uma observação de mesmo sentido realizada por António Lobo Antunes quando perguntado numa entrevista sobre o que há de novo e significativo sob o sol da literatura, expressão logo tomada aqui como referência ao romance, gênero que melhor tem praticado o escritor português. É que em curso o tempo dos exercícios narrativos para as composições de cunho psicológico – estes cuja contribuição do autor de Os cus de Judas , sobretudo depois do ciclo de obras sobre a ocupação colonial em África, é inegável – ou, para citar outra inovação, mas esta não terá alcançado o fôlego da primeira, o tempo do nouveau roman francês, pouco ou quase nada tem sido praticado ao ponto de significar uma nova guinada a arte de compor romances. A afirmativa n