Nobel 2016: para o Philip Roth africano
Por Javier Rodríguez Marcos Ngũgĩ Wa Thiong’o, o africano sempre cotado ao Prêmio Nobel quando os apostadores lembram da injustiça da Academia sueca com aquele continente. Neste dia 13 de outubro todos saberão quem ganha o Prêmio Nobel de Literatura – um galardão que a cada ano produz um maremoto de especulações estimuladas em grande parte por dois sentimentos: o narcisismo e o nacionalismo. É o narcisismo que faz com que no instante seguinte da premiação uma porção de leitores lamentem que não tenha ganhado nosso escritor nova-iorquino favorito. A satisfação de dizer “eu vi primeiro” é quase maior que a curiosidade por descobrir um novo autor cujo nome sequer sabemos pronunciar. Às vezes, com o pecado vem a penitência. Cuidado com desejar que ganhe quem mais você goste: o desejo pode não se cumprir e levar nosso candidato a durante doze meses ser condenado a receber honoris causa ou não escrever mais manifestos contra Donald Trump. O segundo fator, o nacionalismo, no