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Mostrando postagens de outubro 7, 2016

Julio Ramón Ribeyro: um homem com cigarro apagado

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Por Javie Goñi Assim o recordo. Um homem com um cigarro apagado. De face magra. Ou absorvendo – com raiva, com convicção, tanto faz – o fumo de seu cigarro. Então, era permitido fumar nas livrarias; fumava-se em todos os lugares. Fumava-se. A equipe da TVE – até princípios dos anos oitenta, não havia outra televisão –, abundantemente. Abundantemente como se fosse o Real Madri em estado de graça; duas pessoas por posto: o câmera e o seu ajudante; a câmera de cinema num tripé – então se gravava com câmera de cinema; o chispas se encarregava do foco para os três, devidamente bem colocados. Em certas ocasiões, se era em casa onde se gravava, podiam soltar os pombos; o encarregado do som, às vezes com ajudante, para que se preparasse, para que aprendesse, para que fizesse número; o diretor, ah, o diretor com veemências de D. W. Griffith ou de Cecil B. DeMille, com calça esporte e camiseta sem mangas: diretor ou ajudante de diretor, este também com veemências; o da produção; e o