Jean-Marie Gustave Le Clézio
Jean-Marie Gustave Le Clézio em Saint-Malo, França, 1999. Foto: Raphael Gaillarde Jean-Marie Gustave Le Clézio (ou, simplesmente J. M. G. Le Clézio) publicou seu primeiro romance, Le Procès-verbal em 1963. Tinha 23 anos e com aquele livro torrencial onde mergulha o leitor no isolamento de um jovem com amnésia que se perde gradualmente entre alucinações, ganhou o Prêmio Renaudot e o reconhecimento de titãs da crítica como Michel Foucault e Gilles Deleuze. Os estudiosos da obra de Le Clézio sempre dividem sua carreira literária em duas fases. A primeira, marcada por sua inquietude experimental, o pós-estruturalismo, a exploração da loucura e uma retórica enervante; foi esta que lhe valeu os adjetivos de inovador e rebelde além da comparação com o também francês Albert Camus. A relação dá-se ainda pela preocupação do escritor com questões do indivíduo a partir do que denominadamente foi criada pelo autor de O estrangeiro , o absurdismo. A segunda, em que recusa a anterio