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Mostrando postagens de setembro 13, 2016

Cortázar em seu labirinto

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Por Gustavo Arango Julio Cortázar em Manágua. Foto: Susan Meiselas   Julio Cortázar era um leitor entusiasta: sublinhava, comentava, desenhava, guardava objetos e mensagens entre as páginas de seus livros. Sua biblioteca é o retrato minucioso de seu caminho intelectual, de suas admirações e reprovações; também de seus receios mais íntimos, do mórbido e do trivial. Na primavera de 1993, Aurora Bernárdez, sua primeira companheira e herdeira literária, colocou a biblioteca pessoal do escritor aos cuidados da Fundação Juan March, em Madri. Desde então está ali à disposição de estudiosos e do público em geral interessado na sua obra. No início era difícil conhecer a magnitude do tesouro. Em 2006, quando visitei pela primeira vez a biblioteca, a busca era como um jogo de adivinhações. Então, como agora, não havia acesso às estantes e os funcionários entregavam, por vez, um máximo de três livros. Era possível passar horas folheando, entregando e recebendo tomos nos quais não