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Mostrando postagens de agosto 31, 2016

Vida vaza: uma paideia da resistência

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Por Márcio de Lima Dantas A poeta Regina Azevedo em cena do curta Vida vaza . O curta Vida vaza está estruturado na cor azul, que predomina nas indumentárias dos atores, nas águas do mar, nas tomadas dos pequenos planos. A cor azul representa as estruturas presentes no Imaginário. Tudo que se apresenta com essa cor e suas tonalidades se reveste de um ethos de infinito, no qual o indigitado real concreto vem a demandar as fronteiras da comarca do Imaginário. O azul lança sua irradiação para contraditar as cores representantes do status quo . O azul é a vereda que conduz ao devaneio e à fantasia, lugares no qual repousa a morada da “louca da casa” (Gilbert Durand). Em suma, o azul ocupa, na geografia mental, as locas da irrealidade, onde pulsam as vontades e os discursos antípodas ao estabelecido, ao que nos obrigam a ser; pela linguagem, a dizer; ao que nos fazem querer parecer algo que não somos. Enfim, o azul se opõe ao ocre e ao vermelho, cor da terra, do cenário do c