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Mostrando postagens de julho 28, 2016

Neblina, Adalgisa Nery

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Por Pedro Fernandes Pela brevidade do texto, pela simplicidade do enredo, me recusaria chamar Neblina pelo convencional, de que este é o segundo e último romance de Adalgisa Nery; brevidade e simplicidade, entretanto, jamais devem ser tomadas como um rebaixamento da obra. Tampouco chamá-la de novela e não de romance. Aliás, minha certeza, presa em parte pelos dogmas da teoria literária, titubeia num aspecto: a profundidade ensaiada pela escritora quanto ao debate de ideias que tenta instalar ao longo do texto, propondo-se a inaugurar na cena da literatura nacional um tipo de obra pouco usual nesse cenário, o da narrativa de ideias. Isso se dá no exercício de buscar estabelecer uma linha de reflexão filosófica no interior do narrado que, nesse caso, bebe muito dos resquícios de um existencialismo ou pelo menos nasce nele para pensar em questões que unifiquem o pensamento, a existência e o espiritual. O motivo de, ainda assim, afirmar que esta narrativa é uma novela e