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Mostrando postagens de julho 22, 2016

O primeiro amor de Jack Kerouac

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A primeira vez que a viu, em pé, entre a multidão, ao escritor, então pouco mais que um adolescente que gostava de copiar a pose dos grandes lobos do mar dos filmes de Charles Bickford, lhe pareceu “sozinha, insatisfeita, fechada, desagradavelmente diferente”. Meio relutante, os amigos aproximaram os dois e fizeram com que desfilassem pelo salão do baile. Quando voltam, Jacky, Jacky Dulouz, que é, em outras situações, Zagg, Zaggy Dulouz, já estava perdidamente apaixonado pela garota. Ela é Maggie Cassidy, “doce, morena, suculenta como um pêssego – estranha para os sentidos como um grande sonho triste”. Ela tem 17 anos, ele, 16. Ela é um pouco neurótica, mesquinha, demasiadamente cuidadosa; ele é, ainda, “um bobo”, o rapaz das redações e da equipe de atletismo, o nerd que só havia dançado uma vez com uma garota. Ela é Mary Carney, ele é Jack Kerouac. O ano é 1939. Faltam cerca de duas décadas para que se publique On the road e ele ocupe o centro do terremoto Beat. Escri