A incorreção política do sublime Dahl
Por Eugenio Monjeau Li estas linhas pela primeira vez quando tinha sete ou oito anos: “Isto não é um conto de fadas. Fala sobre BRUXAS DE VERDADE. As BRUXAS DE VERDADE vestem roupa normal e têm um aspecto muito parecido com o das mulheres normais. Vivem em casas normais e fazem TRABALHOS NORMAIS. Uma BRUXA DE VERDADE passa o tempo todo tramando planos para desfazer-se das crianças de seu lugar. Sua paixão é eliminá-las, uma por uma. É a única coisa em que pensa durante todo o dia. No que se refere aos meninos, uma BRUXA DE VERDADE é sem dúvida a mais perigosa de todas as criaturas que vivem na terra. O que faz dela ser duplamente perigosa é o fato de que não parece perigosa. Até poderia ser – e isto te fará dar um salto – tua encantadora professora, a que te está lendo estas palavras neste mesmo momento”. Nos vinte e dois e vinte e três anos que passaram, nenhum início de nenhum livro me deve haver cativado tanto como este. Agora, relendo-o, vem em minha mente ter