A montanha mágica, de Thomas Mann
Por Rafael Kafka Terminei de ler A montanha mágica há algumas semanas e desde então me pego todo dia pensando em algo ligado a este livro. Penso que se houvesse mais atrevimento de minha parte, certamente me dedicaria a estudar esta que é uma das narrativas mais instigantes que já tive a oportunidade de ler. Tal impressão em mim se deve a uma série de fatores, inclusive na comparação a outras leituras que tenho feito ou que fiz recentemente. Mas se deve mais à interessante experiência temporal proporcionada pelo livro, a qual em muitos momentos me fez sentir a mesma temporalidade experienciada por Hans Castorp, o protagonista que um belo dia vê uma visita a um primo doente se tornar em uma mudança existencial profunda. Curiosamente, comecei a ler A montanha mágica na mesma época em que comecei a ler Problemas na poética de Dostoiévski, de Bakhtin. Por motivos ligados ao trabalho, à preguiça das férias e à dificuldade tida por mim em me desprender da leitura literária,