Auroras femininas
Por Márcio de Lima Dantas O Rio Grande do Norte detém no seu sistema literário uma pequena plêiade de poetas dignas de constar em qualquer rol de boas mulheres escritoras. Esquecendo as canônicas Auta de Souza, Palmira Wanderley ou mesmo Nísia Floresta (como poeta), que não suportam uma segunda leitura, nem muito menos serem traduzidas para língua nenhuma, servindo apenas para que se repita os lugares-comuns de sempre, à falta de outros nomes existentes. Por que o humano não tolera o vazio é que se justifica o lugar ocupado por essas três personagens nas rumas de antologias publicadas aqui entre nós. Longe de mim destituí-las do valor histórico que compete a cada uma, agora dizer que têm valor estético é um acinte à Érato, musa da poesia lírica. Nem inventem. Respeito enormemente Nísia Floresta como ensaísta e como autora de belos livros de literatura de viagem, agora querer fazê-la poeta, é pouco compreender o fenômeno literário. Assim sendo, prefiro me restringir ao