A efemeridade é também coisa de poeta e de poesia
Por Pedro Fernandes A reedição da antologia organizada por Italo Moriconi vem em boa hora. Desde a publicação de Toda poesia , de Paulo Leminski, em 2013, que um novo olhar tem se levantado para os nomes de uma geração a bem pouco tempo comuns apenas entre uma parte dos jovens mas ainda situados na mesma designação de figuras marginais. Não é o caso de, depois do fenômeno da obra, seguido de outros, como a também reedição da poesia completa de Ana Cristina Cesar e de Waly Salomão, que essas vozes tenham saído do coro para o qual a crítica sempre o designou. Mas romperam com a ideia de que o marginal é necessariamente aquele que figura à margem para abrir-se uma ventilação no cânone nacional. Isto é, possibilitou-se falar sobre a reavaliação da obra desses escritores, cumprindo-se, assim, o que anseia o antologista de Destino: poesia , que, seja dada a abertura ao conhecimento sobre as principais vozes da poesia brasileira das últimas décadas. Independente se dentro ou fora d