Doze mais duas histórias de amor
Muito cedo, com alguém da rua ou da escola, você já terá olhado para alguém com um carinho bobo capaz de despertar no pensamento e no corpo os desejos sobre os quais você pode chamar de paixão sem que saiba o que isso significa. Aliás, mais tarde irá descobrir que nunca saberá o que significa quando esses tais desejos, de novo, lhe atacar; não importa quão tarde seja ainda assim você continuará chamando isso de paixão. Também usará de uma variante: o amor. E não tardará encontrar definições de que este e aquela não são a mesma coisa. Há mais intensidade num, há mais dedicação no outro. Alguém dirá que são, tudo, bobagens. E mesmo sendo bobagens, engraçado, não conseguirá se desviar nem de uma e nem do outro. Porque se paixão e amor são convenções culturais, são também produtos de uma necessidade biológica da espécie humana. E é justamente por essa universalidade que terá levado ser os dois temas mais recorrentes na literatura. Em alguma circunstância da história tornou-se um