John Cheever
Por Javier Morales Ortiz “Não dissimular nada, nem ocultar, escrever sobre as coisas mais próximas da nossa dor, a nossa felicidade; escrever sobre a minha falta de jeito com o sexo, o sofrimento de Tântalo, a magnitude de meu desalento – acreditar entrevê-lo em sonhos –, meu desespero. Escrever sobre os néscios sofrimentos da angústia, a renovação de nossas forças quando outras acabam; escrever sobre a penosa busca do eu, ameaçado por um estranho em vigília, um rosto apenas entrevisto pela janela de um trem; escrever sobre os continentes e o que povoa nossos sonhos, sobre o amor e a morte, o bem e o mal, o fim do mundo” (John Cheever) A leitura é um belo diálogo com o presente e com o passado, com escritores que morreram há anos e com outros que compartilham conosco o confuso momento que temos vivido. Acumulamos leituras, incorporamos novos autores à nossa família literária, relevamos outros, nunca totalmente. Além de outras coisas, somos o que já lemos, o que