A imagologia de nosso contexto político
Por Rafael Kafka Dos autores que eu lia há dez anos e ainda hoje leio, Milan Kundera é o que mais é revisitado por mim em meus pensamentos cotidianos. A insustentável leveza do ser , por exemplo, é um texto lido em 2006 e em 2007 por mim cujo fio central, as relações amorosas em tempos líquidos narradas por um romance com pretensões filosóficas até hoje são lembradas em momentos de reflexão e devaneio por minha pessoa. Os outros livros de Kundera com que tive contato possuem uma mescla interessante entre uma doçura existencialista a falar de temas complexos como as relações humanas e essa permuta de papeis entre o escritor e o ensaísta que se utiliza da literatura para iluminar as ideias que acometem a sua mente. O autor tcheco, nesse sentido, sempre me lembra demais José Saramago, pois o seu narrador se confunde demais com a figura do autor. Há passagens em livros como o acima citado em A imortalidade , por exemplo, nas quais o autor e coloca como personagem de seus livro