Umberto Eco, o último dos grandes intelectuais
A cultura italiana nunca se deixou oferecer ao mundo intelectuais de grande envergadura. Umberto Eco, entretanto, pode ter sido um dos últimos na extensa lista de nomes. Não significa dizer que o pensamento estará extinto; é possível mesmo que, numa era marcada pela crise do espírito reflexivo venha daí outro nome que alcance a importância que o autor de O nome da rosa alcançou. Isso só o tempo futuro dirá. O prolífico escritor, filósofo, semiólogo, professor universitário é um dos últimos nomes do enciclopedismo e para que não o acuse de criatura presa ao universo de tinta e papel ou que fosse um retrógrado, um dos poucos que conseguiu combinar o erudito e a cultura de massa sem toldar-lhe as fronteiras e oferecer uma reflexão precisa sobre uma diversidade de temas de natureza igualmente diversa sobre a comunidade humana. Nesse diálogo conseguiu a façanha de aproximar os dois extremos da cultura ocidental e essa talvez seja um dos elementos principais que o fizeram um do