Boletim Letras 360º #182
Toda a obra de Valter Hugo Mãe passa a ser reeditada pela Biblioteca Azul. E as que chegarem em 2016 poderão ser de um leitor deste Boletim. |
Vamos aproveitar para dizer um detalhe sobre a nova promoção que preparamos para o comemorar a chegada dos novos amigos e iniciar as celebrações pelos 10 anos de blog - o mais importante deles - os brindes. Daremos toda obra de Valter Hugo Mãe reeditada pela Biblioteca Azul / Globo Livros em 2016 e uma edição com a obra completa de Raduan Nassar que será publicada pela Companhia das Letras. Ainda sobre o Mãe, vale lembrar que em novembro as livrarias brasileiras receberão o novo romance do escritor, homens imprudentemente poéticos. Os participantes poderão escolher, se ganhar, qual brinde poderão levar. É preciso ficar atento à nossa página no Facebook.
Segunda-feira,
29/08
>>> Brasil: Nova edição
de A cabana do pai Tomás
Fora de
catálogo há muito, o livro de Harriet Beecher Stowe volta às livrarias em
setembro pela Amarilys em nova tradução. Publicado originalmente em 1852 nos
Estados Unidos, o livro ajudou a causa abolicionista e teve papel crucial na
Guerra Civil naquele país. A edição terá prefácio do historiador Ricardo
Alexandre Ferreira, que discute a relação do romance de Harriet Beecher Stowe
com o movimento abolicionista no Brasil.
>>> México: O escritor
romeno Norman Manea é o grande vencedor do Prêmio Feria Internacional do Livro
de Guadalajara
A distinção
ressalta a visada crítica do escritor sobre grande parte das misérias do séc.
XX, sendo ele próprio uma das vítimas de ditaduras fascistas e comunistas: por
ser filho de judeus foi deportado aos cinco anos para um campo de concentração
durante a II Guerra Mundial e padeceu a ditadura romena que lhe obrigou ao
exílio quando tinha já 50 anos. Depois da queda do regime de Ceaucescu,
sentiu-se muito decepcionado com o regresso ao país. Autor de romances e
ensaios, O retorno do Hooligan, publicado no Brasil pela Amarilys Editora, é uma de
suas mais reconhecidas obras.
Terça-feira,
30/08
>>> Brasil: Livro de
Antonio Fogazzaro há muito fora de catálogo ganha nova edição
Num projeto
diferenciado da já-conhecida Editora
Carambaia. Os exemplares mais antigos de Pequeno mundo antigo datam da década de 1970. A obra do escritor italiano ficou reconhecida pela
maneira como explora os conflitos entre a razão e a fé, sob a luz de um
catolicismo liberal. O romance ora publicado veio a lume em 1896 e é o primeiro
de uma tetralogia que descreve o destino de um jovem casal apanhado em meio a
uma luta de compatriotas italianos para libertar o norte da Itália da dominação
austríaca. A nova edição tem tradução de Ivone Benedettie posfácio de Ana Nemi.
Quarta-feira,
31/08
>>> França: Morreu
Michel Butor, entre todos os representantes da vanguarda literária nouveau
roman, fenômeno que aparece nos anos cinquenta, a peça que não se encaixava
Talvez
porque fosse demasiadamente cético para entender o materialismo do
romance-objeto, mais próxima a um Alain Robbe-Grillet, outro de sus pilares. O
escritor morreu na quarta-feira, 24 de agosto,num hospital de
Contamine-sur-Arve, oeste da França. Tinha 89 anos. Butor estudou Filosofia e
Literatura; foi professor no Egito, Inglaterra e Grécia. Em 1958 regressou
a Paris e deu início à construção de uma obra inclassificável formada por
romances, ensaios e poemas. Nunca deixou de se interrogar sobre o sentido
fundamental da escrita e por isso sempre pareceu um diletante não admitido nos
círculos literários convencionais. Sua obra melhor realizada e mais conhecida é A modificação, publicada em 1957.
Quinta-feira,
01/09
>>> Brasil: Embalada
pelo sucesso de Clarice Lispector ao redor do mundo e da recepção da coletânea
com todos os contos da escritora, editora organiza caixas que reúnem recortes
da sua obra
Clarice
na cabeceira é uma série editada pela Rocco que apresenta fragmentos da
obra da autora de A hora da estrela: Teresa Monteiro organizou uma
edição com contos selecionados por gente como Luis Fernando Verissimo, Fernanda
Torres, Affonso Romano de Sant’Anna, Rubem Fonseca, José Castello, Maria
Bethânia e Luiz Fernando Carvalho; a mesma autora organizou outra edição com
crônicas, agora selecionadas por nomes como Eduardo Portella, Ferreira Gullar,
Marília Pêra, Maria Bonomi e Naum Alves de Souza; depois Aparecida Nunes
organizou textos jornalísticos e José Castello fez uma cronologia com os romances.
Estes livros estarão reunidos numa única caixa; ao todo, mais de mil de páginas
com vista panorâmica sobre a obra de Clarice. Uma segunda caixa trará em dois
volumes fragmentos, frases, enunciados, sensações e pensamentos. Com curadoria
de Roberto Corrêa dos Santos.
>>> Argentina: María Kodama
escreve sobre Jorge Luis Borges
Um livro que
surgiu da insistência do seu agente literário. “Ele insistiu que publicasse as
palestras que dou constantemente e procuramos refletir as principais questões
em que Borges estava interessado”, contou. Daí foi publicado Homenaje a
Borges. O livro é também uma declaração de amor: "Sempre quis que
Borges sentisse que eu o amava como pessoa, e não pela sua fama." O
escritor deixou os seus direitos de autor em testamento a Kodama em 1975,
quando esta era ainda sua secretária.
Sexta-feira,
02/09
>>> Brasil: Duas novas
peças de Harold Pinter publicadas
Vencedor do
Prêmio Nobel de Literatura em 2005, o dramaturgo, roteirista, poeta, ator,
diretor e ativista político britânico Harold Pinter é um dos autores mais
influentes do século XX. "A festa de aniversário" e "O
monta-cargas" são duas peças escritas em 1957 e agora reunidas pela José
Olympio numa só edição. Da fonte do teatro do absurdo de Beckett, “A festa de
aniversário” é uma comédia com personagens marcantes e que aparentemente não
têm motivação para agir da forma que o fazem e “O monta-cargas” mostra o
encontro de dois assassinos profissionais, que esperam as instruções para o
próximo trabalho num quarto de hotel.
>>> Bélgica: Era a
pergunta do milhão de dólares dos estudiosos da obra de Edvard Munch: qual a
origem daquela mancha que se encontra sob o ombro direito?
Análises com
raio-X desfizeram o mito de ter sido feita por um pássaro. A mancha é, nada
mais que, cera de vela, concluíram os especialistas que examinaram O
grito, a versão do famoso quadro pertencente ao Museu Nacional da
Noruega. O trabalho foi de um grupo de cientistas da Universidade de Antuérpia.
Até agora vingava a tese de que seria um dejeto de pássaro a mancha
esbranquiçada que se pode ver sob o ombro direito, isso pelo fato de Munch
gostar de pintar ao ar livre e de ver como a natureza influenciava os seus
quadros.
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