Girândola, Julio Cortázar e O Poeta de Meia-Tigela. Ou: uma breve crônica literária
Por Léo Prudêncio Após ler o mais novo livro do Poeta de Meia-Tigela intitulado Girândola (Substânsia, 2015), relembrei uma conversa rápida que tive, pessoalmente, com ele. Na ocasião, me falou de alguns livros que viriam a lume e um deles, desde esse dia, me chamou atenção logo pelo título: Girândola . Indaguei sobre e sua composição, e ele confidenciou-me (acaba-se agora a surpresa), de que se tratava de uma obra com indícios cortazarianos (nessa época o autor cearense estava em contato assíduo com a obra do cronopiano-mor). Quando o livro me chegou em mãos e, lendo-o, me deparo com o nome do argentino escrito de maneira subliminar em um contopoético: "desinvenção da fábula, a ou era uma vez... para cortar o azar". A forma como os poemas são apresentados não segue uma linha lógica de sumário, pois eles estão embaralhados ou misturados com todas as oito divisões do livro: se bem que a (des)ordem não altera o fator final dessa leitura; mesmo embaralhado, o