Para que serve um crítico?
Por Rafael Kafka A pergunta que dá origem a esse texto é algo que me incomoda desde meados de 2009. Foi nesse ano que comecei a frequentar cineclubes na cidade de Belém. Na época, tais espaços eram locais ainda tímidos, novos nichos de cinema nos quais era possível ver o genuíno cinema clássico sem ter que pagar nada por isso. Além disso, após os filmes havia debates com os exibidores do filme, o que a princípio me soou como uma forma interessante de troca de ideias e incentivo ao hábito de idas ao cinema em busca de um entretenimento maduro, crítico e enriquecedor. Eu tinha o hábito de ir a dois cineclubes naquela ocasião. Em um deles, comandado por críticos mais experiente, eu percebia a presença mais firme de debates sobre a ideia do filme si. A maior preocupação era tirar do espectador a sua impressão de leitura acerca do longa-metragem visto e assim, em uma troca impressões, gerar uma boa conversa que por si seria um motivo a mais para idas mais frequentes ao cinema