Casa na duna, de Carlos de Oliveira
Por Pedro Belo Clara Eis um nome de excelência do neo-realismo português. Dadas as anteriores discussões que neste espaço tivemos, sobre o autor e alguns dos seus trabalhos ( ver o final desta post ), a adjectivação não poderá constituir uma assombrosa surpresa. Apesar da obra publicada em prosa ser escassa, facto também agravado pelo precoce desaparecimento do autor, o seu nome será certamente um desses que adquirem uma dimensão somente justificada pelo génio que lhes assiste, sublinhado posteriormente no simples exercício material do mesmo. Editado pela primeira vez em 1943, Casa na duna , um romance, poderemos dizê-lo, de “tenra idade”, apresenta-se como uma agradável surpresa aos olhos do leitor. Ainda que a versão tida por “definitiva” tenha surgido só em 1980, um ano antes da morte do autor, na sétima edição da publicação orientada pela Livraria Sá da Costa Editores, a narrativa encerra já linhas de notável maturidade. Carlos de Oliveira tinha apenas, reco