A imaginária, de Adalgisa Nery
Por Pedro Fernandes Adalgisa Nery. Arquivo: Candido Portinari Adalgisa Nery pertence, por uma razão sobre a qual tentarei descobrir ao longo dessas notas, ao panteão dos nomes esquecidos da nossa recente literatura. Esquecida não no sentido de ser uma escritora menor ou porque deixe de figurar entre as principais távolas literárias (sobretudo as antologias poéticas); esquecida porque, entre os estudantes de Letras, público para o qual a literatura é (ou pelo menos deve ser) convívio constante, a obra da escritora é totalmente desconhecida. Essa afirmativa, apesar de não ter passado pelo crivo de uma pesquisa com o público sobre conhecer ou não conhecer a escritora carioca, tem seu ponto de partida em três situações concretas: a primeira, pela própria experiência como estudante de Letras. Na época nunca sequer o nome de Adalgisa foi mencionado numa aula de Literatura Brasileira. A segunda, pela escassez de estudos acadêmicos sobre a obra. É óbvio que esse dado é signif